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A Justiça do Distrito Federal bloqueou R$ 71 milhões por fraude no sistema de vale-transporte de ônibus da capital. De acordo com o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), mais 38 pessoas foram denunciadas  por associação criminosa e estelionato contra a administração pública.

Para obter benefícios financeiros, os réus – que fazem parte de cinco grande cooperativas de transporte (Cooperbras, Cootransp, Transport, Cooperride e Coopertop) – teriam simulado milhares de viagens para gerar dados falsos no sistema e no banco de dados do Sistema de Bilhetagem Automática (SBA).

A operação era feita com cartões vale-transporte adquiridos de terceiros, incluindo de estudantes e especiais, e as atividades funcionavam desde 2014.

De acordo com os promotores de Justiça, o esquema teve ajuda de servidores do antigo DFTrans, órgão extinto em 2019 após diversas críticas à gestão.

Os mais de R$ 71 milhões serão retirados de ativos financeiros, bens imóveis, móveis ou semoventes, veículos, aeronaves e embarcações de cada uma das cooperativas envolvidas.

A Operação Trickster, responsável por investigar denúncias de organização criminosa e crime de inserão de dados falsos em sistemas de informações, teve sua primeira denúncia em 2018 – envolvendo cinco pessoas que participaram do esquema de fraude no SBA.

Em 2019, uma segunda denúncia foi oferecida pela Prodep, levando a réus por corrupção o ex-coordenador da Unidade de Bilhetagem Automática do DFTrans, Harumy Tomonori Honda Jr., e dois dirigentes da Cooperativa de Transportes Cooperbras.

Com informações: MPDFT