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Dados da atriz foram usados no auxílio emergencial; além do inquérito, ela pediu a exclusão do nome dela do site do programa

Larissa Manoela foi vítima de um golpe em dezembro de 2020. Os dados da atriz foram usados para pedir o auxílio emergencial, criado pelo governo durante a pandemia. O nome de Larissa aparece no site da Caixa Econômica Federal e foi aprovado no programa.

Um mês depois do ocorrido, Larissa acionou a Polícia Federal para investigar o caso e descobrir quem poderia ter se passado por ela.

A assessoria da artista explicou que ela só soube pela imprensa que tinha sido vítima de golpe. Além de ter aberto o inquérito policial, a artista e o advogado, Evaristo Martins de Azevedo, solicitaram que o nome dela seja retirado do site do programa.

Larissa também comentou a decisão de procurar a PF: “Diante de um fato tão grave, eu não podia simplesmente ficar incomodada e postar meia dúzia de palavras revoltadas nas minhas redes. Além do meu nome ter sido envolvido em um crime, estamos falando de dinheiro público. Alguém que realmente precisava de ajuda, neste momento terrível de pandemia, ficou sem o dinheiro. Esse tipo de coisa não pode acontecer mais. Precisa de investigação, punição e justiça”.

Vale lembrar que Larissa não é a única famosa a ter os dados fraudados. William Bonner e o filho, Vinícius, também foram vítimas de estelionatários que usaram os nomes deles para benefício do governo, além de outros serviços.

Leia a nota na íntegra

Larissa Manoela abriu um inquérito policial na Polícia Federal para que seja investigado como seus dados cadastrais foram usados no golpe do Auxílio Emergencial, o programa federal de enfrentamento da pandemia.

Larissa soube, pela imprensa, que seu nome estaria envolvido nesta fraude. Como o crime do qual foi vítima envolve dinheiro público destinado justamente para amenizar os efeitos econômicos de famílias com mais dificuldades financeiras, a atriz entendeu que deveria formalizar a denúncia e fazer o pedido de abertura de inquérito na Polícia Federal.

Larissa Manoela e seu advogado, Evaristo Martins de Azevedo, foram até a PF, no dia 30 de dezembro, para apresentarem a denúncia e o pedido de abertura do Inquérito.

Nesse inquérito, a polícia deverá investigar os fatos e, assim, identificar os responsáveis e os autores da fraude , além de possíveis crimes de apropriação indébita, estelionato ou falsidade ideológica. A investigação também pode abranger eventuais outros crimes, se as autoridades federais assim entenderem, de modo que os responsáveis sejam levados à Justiça, após denunciados pelo Ministério Público Federal.

Além de pedir a instauração de Inquérito na PF, o advogado da atriz notificou o Ministério da Cidadania acerca da necessidade de remover o nome e os dados da atriz da página e do aplicativo do Programa. Vale ressaltar que o Ministério da Cidadania é responsável pelo Auxílio Emergencial, por sua gestão e normatização, em especial pelo site onde estão hospedadas a ficha de inscrição e toda a governança do auxílio.

E mais, Evaristo Martins de Azevedo solicitou que o Ministério da Cidadania cobre da Caixa Econômica Federal (CEF) informações sobre a localização de onde foi feito o cadastramento indevido, quem o fez e onde foi parar o dinheiro do auxílio.

“Diante de um fato tão grave, eu não podia simplesmente ficar incomodada e postar meia dúzia de palavras revoltadas nas minhas redes. Não! Além do meu nome ter sido envolvido em um crime, estamos falando de dinheiro público. Alguém que realmente precisava de ajuda, neste momento terrível de pandemia, ficou sem o dinheiro, que foi parar no bolso de alguém que certamente não tinha o direito de recebê-lo. Esse tipo de coisa não pode acontecer mais. E quando acontece, não pode cair o esquecimento. Precisa de investigação, punição e justiça”, explica Larissa Manoela.

Fonte: R7

Foto: Reprodução Instagram