Departamento de Justiça dos Estados Unidos voltou a divulgar, na última sexta-feira (25), a recompensa de US$ 25 milhões (cerca de R$ 140 milhões) por informações que levem à prisão ou condenação de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. A iniciativa foi amplamente promovida pela Administração de Repressão às Drogas (DEA) como parte de uma estratégia para combater o que os EUA chamam de narcoterrorismo promovido pelo regime venezuelano.
Maduro, no poder desde 2013, é acusado de liderar o Cartel de Los Soles, grupo criminoso que teria apoio de altos membros do governo. Segundo o Departamento de Justiça, o cartel estaria envolvido em conspiração para narcoterrorismo, tráfico de cocaína e uso de armas militares em apoio ao crime. Também haveria colaboração com organizações como a FARC, o Tren de Aragua e o Cartel de Sinaloa.
Além de Maduro, os EUA oferecem recompensas por outros nomes do alto escalão venezuelano, como Diosdado Cabello, ministro do Interior, e Vladimir Padrino López, ministro da Defesa, com valores de US$ 25 milhões e US$ 15 milhões, respectivamente. O Cartel de Los Soles também foi classificado como organização terrorista estrangeira pelo Tesouro norte-americano, o que implica bloqueio de bens e proibição de transações com cidadãos dos EUA.
As sanções e o aumento da recompensa, anunciado em 2024 pelo governo Biden, ocorrem após a eleição presidencial venezuelana, considerada fraudulenta por Washington. Embora Maduro tenha tomado posse para um novo mandato, os EUA afirmam que Edmundo González venceu com ampla vantagem e o reconhecem como presidente eleito da Venezuela.


