Não é de hoje que o sistema médico da Hapvida NotreDame Intermédica tem sido alvo de denúncias voltadas a negligências médicas, descaso hospitalar, realização de procedimentos indevidos, omissão, além de ser acusada de seguir com uma conduta desrespeitosa, insensível e falha de serviço médico. Considerado o pior plano de saúde do país, com mais de 50 mil reclamações no site Reclame Aqui, mais uma denúncia chegou à redação do portal Amazônia Press.
Mãe do pequeno Samuel Maroli Gomes de Oliveira, de 4 anos, a pedagoga e neuropsicóloga Marcelle Gomes Ferreira tem vivido momentos desesperadores com a rede Hapvida. De acordo com ela, eles cancelaram as terapias do filho, autista nível 2 de suporte, com as clínicas credenciadas sem nenhum aviso prévio. A criança já está ha dois meses sem as consultas.
Por meio de um vídeo publicado no Instagram da Associação dos Direitos das Famílias Atípicas (Adafa), Marcelle diz que foi até a coordenação voltada aos pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), aonde foi informada de que estavam sem profissional e teria que aguardar. Na sequência ela solicitou uma negativa de atendimento do serviço, que é coberto pelo plano de saúde, por escrito, mas o atendente negou. Após o ocorrido, Marcelle registrou Boletim de Ocorrência (BO).
“Assim que entrei na sala de atendimento TEA entreguei os protocolos de solicitações de terapias do meu filho e pedi as negativas, que já me foram negadas de imediato. Mas, a partir do momento que o rapaz que estava lá percebeu que eu não sairia de lá sem uma negativa, ele começou a me destratar. Perguntei com quem poderia conseguir e ele simplesmente levantou, jogou os papéis de protocolos que eu tinha dado para ele na mesa dele e começou a me ignorar e querer sair da sala. Mas eu seguia pedindo para ele me responder e me encaminhar pra alguém que me desse a negativa. Nisso ele me empurrou para poder sair da sala, pois a sala é pequena e eu estava bem do lado da mesa dele, o que acabava impedindo ele de sair. Então ele fez isso e saiu seguindo me ignorando. Até hoje o meu filho se encontra na lista de espera para os profissionais psicologia, fonoaudiologia e fisioterapia”, frisou.
Além disso, Marcelle também ressalta que vê com frequência os relatos de outros pais que passam pela mesma situação e classifica a atitude da rede Hapvida como “falta de respeito”. Entramos em contato com a rede hospitalar para quaisquer esclarecimentos, mas não obtivemos respostas até o presente momento.
“Fiquei um pouco e choque na hora e, quando fui atrás dele, ele já tinha sumido. Esperei ele voltar, enquanto eu esperava chegaram outras mães que me ajudaram gravando. Quando ele voltou tentou me ignorar novamente e foi super grosso, mas como as outras mães estavam filmando ele ainda ligou para o superior dele que falou comigo por telefone. Em resumo, nunca consegui as negativas por escrito e hoje estou em processo judicial com ajuda de advogados para conseguir as terapias do meu filho”, disse
Complementou ainda: “É pura falta de respeito. Hoje eu entendo que a Hapvida só fala, ela gosta de fazer propaganda, de se promover, mas é tudo mentira. Nossos filhos não tem nem o básico, que seria atendimentos de acordo com o laudo deles. E eles ainda faltam com respeito as mães, quando vamos conversar com os responsáveis eles fazem cara de deboche, tratam com desdém e ainda te ignoram. É puro desrespeito”
Confira o vídeo completo: