TCE
Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério da Economia
 Mais de 1,144 milhão de pessoas perderam
emprego com carteira assinada no país somente esse ano, até maio. O desemprego
foi puxado pelos setores de comércio, indústria e serviços. Apenas no quinto
mês de maio, foram cortados 331.901 postos de trabalho, resultado de 703.921
admissões e de 1.035.822 desligamentos. Os dados são do Novo Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério da Economia. Em 2019,
maio registrou saldo positivo de 32.140 empregos, resultado de 1.347.304
contratações e 1.315.164 demissões.
 O Novo Caged destaca, ainda, que, em 2019, no
acumulado de cinco meses, houve 6.922.959 de admissões e 6.571.896 de
desligamentos, o que resultou em 351.063 novas vagas de emprego com carteira
assinada. O saldo negativo de maio foi influenciado, de acordo com a Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho, especialmente pela queda nas admissões
(-48% em relação a maio de 2019). “No entanto, em relação ao mês de abril,
verificou-se um aumento de 14% na quantidade de admissões”, ressalta.
 Esse
fenômeno de crescimento das admissões em maio se deu em todos os setores de
atividade, mas especialmente no setor da construção (+41,5%); agricultura (
28%) e comércio ( 20,7). Em relação aos desligamentos, foi registrada queda de
31,9% em relação ao mês de abril. Essa redução se deu especialmente no setor do
comércio (-36%); indústria (-33,7%) e serviços (-33,1%).
 Regiões
 As cinco regiões do país tiveram saldo
negativo em maio. Proporcionalmente, o pior resultado foi registrado no Sul,
com redução de -1,10%, percentual equivalente a menos 78.667 postos de
trabalho. No Sudeste, o resultado apontou menos 180.466 vagas com carteira
assinada (-0,92%). Depois, na sequência, vem Nordeste (-50.272 postos, -0,82%);
Norte (-10.151 postos, -0,58%) e Centro-Oeste (-12.580 postos, -0,39%).
 Das 27 unidades da federação, apenas o Acre
teve mais contratações do que demissões em maio. Foram 1.127 novas vagas com
carteira assinada no mês. Entre os estados com piores resultados estão São
Paulo (-103.985 postos, -0,88%); Rio de Janeiro (-35.959 postos, -1,15%); Minas
Gerais (-33.695 postos, -0,84%); e Rio Grande do Sul (-32.106 postos, -1,31%).
O Distrito Federal teve 11.709 admissões e  16.824 desligamento, com
-5.115 postos de trabalho (-0,65%), em maio.
 Setores
de atividade econômica
 O grupamento de agricultura, pecuária,
produção florestal, pesca e aquicultura apresentou resultado positivo no mês,
com 15.993 novos postos de trabalho. No acumulado do ano, o setor chegou ao
saldo positivo de 25.430 vagas de trabalho. As outras atividades econômicas
tiveram despencaram: serviços (-143.479); indústria geral (-96.912 postos);
comércio (-88.739 postos); e construção (-18.758 postos).
  Modernização trabalhista
 A modalidade trabalho intermitente teve saldo
positivo de 2.405 empregos, resultado de 9.617 admissões e 7.212 desligamentos
envolvendo 1.937 estabelecimentos contratantes. Vinte e cinco empregados
tiveram mais de um contrato dentro deste regime de contratação. O setor de
serviços teve o melhor resultado, com 1.188 novos postos de trabalho. A área é
seguida pela indústria geral ( 606 postos), construção ( 474 postos), comércio
( 110 postos) e agropecuária ( 27 postos).
 Com 5.772
admissões e 11.453 desligamentos, o trabalho em regime de tempo parcial teve resultado
negativo: -5.681 empregos envolvendo 2.315 estabelecimentos contratantes. Um
total de 28 empregados celebrou mais de um contrato em regime de tempo parcial.
A quantidade total de vínculos com carteira
assinada ativos ficou em 37.664.748, uma variação de -0.87% em relação ao
estoque do mês anterior. Em maio de 2019, o número era de 38.761.491.
  Salário
 Para o conjunto do território nacional, o
salário médio de admissão em maio foi de R$1.731,33. Comparado ao mês anterior,
houve redução de R$ 78,75 no salário médio de admissão, uma variação real de
-4,35%.
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