Programa vai ao ar hoje, na TV Brasil, às 20h
O Caminhos
da Reportagem transmitido pela TV Brasil mostra a situação
do arquipélago durante a pandemia e a solidariedade para amenizar a crise
enfrentada pelas famílias mais vulneráveis
da Reportagem transmitido pela TV Brasil mostra a situação
do arquipélago durante a pandemia e a solidariedade para amenizar a crise
enfrentada pelas famílias mais vulneráveis
A Ilha do Marajó já foi cantada em versos de
carimbó e exaltada por suas belezas naturais. Mas o arquipélago de quase 50 mil
quilômetros quadrados, na foz do rio Amazonas, também é cenário de pobreza,
falta de saneamento e, agora, de dificuldades no enfrentamento da pandemia. De
seus 16 municípios, metade deles estão entre os 45 piores Índices de
Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, segundo o IBGE.
carimbó e exaltada por suas belezas naturais. Mas o arquipélago de quase 50 mil
quilômetros quadrados, na foz do rio Amazonas, também é cenário de pobreza,
falta de saneamento e, agora, de dificuldades no enfrentamento da pandemia. De
seus 16 municípios, metade deles estão entre os 45 piores Índices de
Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, segundo o IBGE.
A pesquisadora Ima Vieira, do Museu Paraense
Emilio Goeldi, coordenou um levantamento na região e a conclusão é de que a
pandemia agravou ainda mais os problemas enfrentados pela população local, como
a falta de saneamento básico. Segundo a pesquisadora, a água tratada atende 45%
dos habitantes e apenas 6,3% tem coleta de esgoto. “Há municípios com mais
de 50% da população sem instalação sanitária, os ricos da doença são
enormes”, alerta.
Emilio Goeldi, coordenou um levantamento na região e a conclusão é de que a
pandemia agravou ainda mais os problemas enfrentados pela população local, como
a falta de saneamento básico. Segundo a pesquisadora, a água tratada atende 45%
dos habitantes e apenas 6,3% tem coleta de esgoto. “Há municípios com mais
de 50% da população sem instalação sanitária, os ricos da doença são
enormes”, alerta.
Com
a disseminação da covid-19, as principais atividades econômicas dos ribeirinhos
reduziram ou foram até paradas desde que os primeiros casos foram confirmados
na ilha. O fluxo de barcos de passageiros foi interrompido e algumas cidades
ficaram sem acesso fluvial a Belém e Macapá, as capitais mais próximas do
arquipélago. Como a taxa de desocupação e emprego informal é alta, hoje 20% da
população está sem rendimento algum. “Falar de isolamento social para quem
precisa buscar o sustento nas ruas todos os dias é muito difícil”, conclui
Ima Vieira.
a disseminação da covid-19, as principais atividades econômicas dos ribeirinhos
reduziram ou foram até paradas desde que os primeiros casos foram confirmados
na ilha. O fluxo de barcos de passageiros foi interrompido e algumas cidades
ficaram sem acesso fluvial a Belém e Macapá, as capitais mais próximas do
arquipélago. Como a taxa de desocupação e emprego informal é alta, hoje 20% da
população está sem rendimento algum. “Falar de isolamento social para quem
precisa buscar o sustento nas ruas todos os dias é muito difícil”, conclui
Ima Vieira.
Solidariedade
Uma parceria entre a Associação Paulista de
Atacadistas e Supermercadistas e a rede Carrefour, com o apoio do governo
federal, enviou no mês de junho para Afuá e Chaves, dois municípios da ilha,
cerca de 15 mil cestas básicas para amenizar a situação das famílias mais
vulneráveis.
Atacadistas e Supermercadistas e a rede Carrefour, com o apoio do governo
federal, enviou no mês de junho para Afuá e Chaves, dois municípios da ilha,
cerca de 15 mil cestas básicas para amenizar a situação das famílias mais
vulneráveis.
O alimento foi levado pela Marinha. A equipe
do Caminhos da Reportagem viajou a bordo da maior embarcação militar do Norte
do país para acompanhar a entrega das doações e viu de perto a situação da
população do arquipélago. A realidade é pior no lado ocidental da ilha, onde o
acesso é mais difícil e a chegada dos serviços públicos, mais complicada. As
doações foram bem recebidas pelos ribeirinhos.
do Caminhos da Reportagem viajou a bordo da maior embarcação militar do Norte
do país para acompanhar a entrega das doações e viu de perto a situação da
população do arquipélago. A realidade é pior no lado ocidental da ilha, onde o
acesso é mais difícil e a chegada dos serviços públicos, mais complicada. As
doações foram bem recebidas pelos ribeirinhos.
Na
comunidade de São Sebastião, os ribeirinhos estão praticamente parados, sem ter
como vender o que produzem, segundo a líder comunitária Idelsa Lopes. Ela
afirma que o auxílio emergencial do governo federal é que tem sustentado as
famílias e a chegada das cestas básicas ajudaria na sobrevivência da população
mais pobre. “Eu tenho certeza que tudo isso vai passar, eu só espero que
nunca passe esse gesto tão bonito de solidariedade do povo brasileiro”,
afirma.
comunidade de São Sebastião, os ribeirinhos estão praticamente parados, sem ter
como vender o que produzem, segundo a líder comunitária Idelsa Lopes. Ela
afirma que o auxílio emergencial do governo federal é que tem sustentado as
famílias e a chegada das cestas básicas ajudaria na sobrevivência da população
mais pobre. “Eu tenho certeza que tudo isso vai passar, eu só espero que
nunca passe esse gesto tão bonito de solidariedade do povo brasileiro”,
afirma.
O episódio Marajó além do cartão postal, do Caminhos da Reportagem, vai ao
ar neste domingo (02), às 20h, na TV Brasil.
ar neste domingo (02), às 20h, na TV Brasil.
Fonte: Correio Braziliense
Foto: Marcelo
Camargo
Camargo