A Polícia Civil apontou que é falso o perfil no Twitter atribuído a Taynara Motta, que se apresenta como coordenadora do projeto Alimentando Necessidades. A ação é alvo de investigação desde o último mês, quando internautas apontaram que o perfil seria falso e doadores procuraram a polícia. Segundo as investigações, a organizadora chegou a arrecadar R$ 30 mil em um mês.
Com mais de 30 mil seguidores nas redes sociais, o projeto pede doações em dinheiro para a produção e distribuição de marmitas a moradores de rua de Blumenau, no Vale do Itajaí. Mesmo após o início das investigações, o perfil do projeto e de Taynara seguem ativos no Twitter e ainda divulgando a chave PIX para doações.
A iniciativa passou ter mais visibilidade nas redes a partir de relatos nos perfis sobre doação de carne estragada, assédio sexual em troca de doações e até um suposto caso de estupro, descrito pelo perfil de Taynara.
Os relatos recorrentes levantaram suspeitas de fraude e reclamações de quem diz que doou à causa. Os indícios a partir da análise das imagens das doações e das marmitas publicadas levaram internautas a abordarem o grupo como “marmitagate“.
Para o delegado do caso, Felipe Orsi, não existe nenhuma pessoa chamada Taynara Motta ligada ao então projeto. Orsi ainda investiga quem estaria operando o perfil falso.
“Temos ideia, mas não vamos divulgar para não conturbar a investigação e não atrapalhar os próximos passos. O perfil era falso, mas ainda não podemos concluir se os valores arrecadados de fato eram destinados aos moradores de rua. Estamos analisando uma série de dados e informações”, declarou.
Investigação
As suspeitas de estelionato são apuradas pela polícia desde o fim de setembro e a única pessoa que se apresentou como coordenadora e prestou informações sobre o Alimentando Necessidades foi Eduarda Poleza, de 18 anos.