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O procurador da República, Deltan Dallagnol, disse não ver “razão técnica” para divisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Em entrevista ao Jornal da Manhã, o coordenador da Força-Tarefa da Lava Jato disse que essa decisão tem que ser “embasada em políticas públicas que tenham base em evidências”.

Para o procurador, o que deve ser analisado é se a ação vai aumentar ou diminuir o gasto publico e se no último ano aumentou ou não a atuação do sistema de Justiça. “Pelo o que eu vi houve uma melhora nos índices de criminalidade do último ano. Se houve eficiência com a união das pastas e economia de recursos, não vejo razão técnica para esse desmembramento”, afirma.

Ainda de acordo com Dallagnol, o que o preocupa são as pessoas se concentrarem em “questões laterais do sistema quando existem questões centrais a serem resolvidas”.

“O nosso sistema produz impunidade como regra em relação aos poderosos. Existem questões que todo mundo sabe [que devem ser debatidas]: diminuição de recursos, execução da pena em segunda instância, celeridade da Justiça. A gente precisa discutir as bases centrais do sistema em vez de ficar discutindo bases auxiliares.”

Por : Jovem Pan