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Organizada por Ubes e UNE, mobilização reuniu alunos nas principais capitais do país para pedir o fim do notório saber de professores e a inclusão do espanhol como matéria obrigatória

Estudantes se reuniram, nesta terça-feira (9/4), em diferentes capitais do país para protestar contra trechos da reforma do novo ensino médio (PL 5230/2023), que tramita, agora, no Senado Federal. Organizada pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e pela União Nacional dos Estudantes (UNE), a mobilização pediu o fim do notório saber de professores e a inclusão do espanhol como matéria obrigatória nos currículos.

Em Brasília, os manifestantes realizaram ato em frente ao Congresso e abordaram parlamentares. “Conversamos com senadores para quando eles pegarem projeto, conseguirmos mais avanços nessas pautas importantes para nós. O cenário que a gente têm no Senado é mais positivo que na Câmara, porque é uma casa menos conservadora. Temos diálogo com os senadores Pacheco, Professora Dorinha e outros, ligados à educação”, afirma Jade Beatriz, presidente da Ubes.

Ela explica que as principais discordâncias do movimento estudantil em relação ao novo ensino médio eram a diminuição da Formação Geral Básica e a criação dos itinerários formativos, que foram ambas revogados pela reforma apresentada pelo governo e aprovada na Câmara dos Deputados, no mês passado.

“Queremos a inclusão do espanhol como disciplina obrigatória para atender às necessidades dos estudantes de estados na fronteira do país e também porque entendemos que essa é uma importante ferramenta para integração dos países latino-americanos. Sobre a questão do notório saber, nossa preocupação é tanto pela qualidade da educação que esses profissionais oferecem, como uma demanda dos estudantes de licenciatura, que estudam por anos e podem ser substituídos em sala de aula por quem não tem formação específica”, defende.

 

Estudantes secundaristas protestam no Rio de Janeiro

 

Fonte: Correio Braziliense

Foto: Divulgação