TCE

Esta guerra de narrativas sobre as queimadas na Amazônia é o momento mais dramático de um estado de degeneração cultural brasileira. Os problemas não apenas dos incêndios (criminosos ou não) como ainda, os desmatamentos não são tratados com a seriedade que merecem a muito tempo pelos governos. Ao se posicionar contrário à internacionalização da Amazônia, incluindo corte de verbas, deu-se início a um incêndio sem precedentes.
Porém, os atuais intelectuais periféricos, que insistem em tentar manter a hegemonia do poder ideológico-cultural principalmente por meio da mídia, não contavam, que as regras e os modismos corrente no atual debate público brasileiro, estariam sendo subvertidas, por verdades, mesmo que desconfortáveis para alguns.
A história foi distorcida e o que aprendemos nos bons tempos de colégio, não condiz com a realidade fática do que ocorreu nos governos militares, pois, na verdade a luta da oposição nunca foi pela democracia, mas, tão somente, para concretizar uma hegemonia de poder nos moldes do marxismo ocidental, essa refletindo fortemente em nossa sociedade.
Abrindo pequeno parêntese, durante os anos 1964-1985, mais especificamente durante a chamada “linha dura” nossos então Presidentes da República por desconhecimento ou conveniência, cuidaram apenas de combater as guerrilhas que faziam oposição, deixando a esquerda florescer na vanguarda cultural, no entanto, por conta do embate encontrado nos dias atuais, oferece um espetáculo lastimável de autovitimização e irresponsabilidade, que os futuros historiadores e analistas políticos padecerão para compreender, que dirá explicar.
Como bem choramingou o uspiano professor de filosofia Vladimir Safatle, um pânico generalizado começa a se espalhar no seio da esquerda, o receio de perder a hegemonia para uma tal “ascensão conservadora”. Assim continua o professor “ Durante décadas, a esquerda conseguiu sustentar uma certa hegemonia no campo da cultura nacional. Mesmo na época da ditadura, tal hegemonia não se quebrou. Vivíamos em uma ditadura na qual era possível comprar Marx nas bancas e músicas de protesto ocupavam o topo das paradas de sucesso. ” (Artigo publicado no site Carta Capital – SAFATLE, Vladimir. A Perda da Hegemonia, 1 de setembro de 2012).
Mas voltando as queimadas, a mídia tenta novamente implodir o caos, começou a semana noticiando que o escurecimento do céu no Estado de SP, fora culpa das queimadas na Amazônia. Não precisa de muita massa encefálica para saber que isso seria impossível, a não ser que SP fosse teletransportado para a região Norte.
Impressionante o silêncio midiático e dos Países europeus, quanto aos incêndios na Bolívia, que duram mais de 3 semanas e já consumiram mais de 500 mil hectares. Houve ainda, divulgação que as queimadas cresceram 82% este ano se comparado com o mesmo período de 2018, causando alvoroço, “grandes personalidades” preocupadas com as chamas que estão varrendo da Amazônia “leões”, “zebras” e até “dinossauros”.
Analisemos de forma sensata, a NASA já comprovou que a média de foco de incêndio é o mais baixo dos últimos 15 anos e que nos períodos de seca, são normais, porém preocupantes os focos de queimadas, e sempre ocorreram em todos os governos, sendo inclusive motivo de registros desde o ano de 1998.
No entanto, o INPE, divulga apenas os registros dos últimos 7 anos, evitando apresentar os maiores recordes de incêndios que aconteceram em 2009, adivinhem no governo de quem? Cabe ressaltar, que nesse período, a ministra do Meio Ambiente era a Sra. Marina Silva, a mesma que agora está pedindo o impeachment do atual Ministro Ricardo Sales.
Esse tipo de narrativa causa o efeito manada, pessoas sem analisar fatos e buscarem informações, optam por adotar opiniões de uma preposta maioria. É fácil calcular de onde vem esta maioria. No Brasil existem mais de 100 mil ONGs atuando na Amazônia, sem qualquer controle, se imaginarmos cada uma com 2 ou 3 funcionários, estaremos falando de 200 a 300 mil militantes que tiveram o bolso afetado com o corte de verba, isso causa um grande incêndio revolucionário.
Com a verba do Fundo Amazônia, que poderia ter sido utilizado para reflorestarem as áreas desmatadas ou criar um sistema real de monitoramento de queimadas, nunca ocorreu, portanto, o interesse das ONGs e os Países que as financia, pode ser qualquer coisa, menos o meio ambiente.
O fim da política de internacionalização da Amazônia que vem propondo o atual governo, atrapalha a exploração de nossos recursos naturais por outros países, é a razão de toda a fumaça criada.
A Amazônia é nossa, por questões inclusive de soberania, precisamos protege-la, acabando logo com esta mamata. O maior perigo da floresta não vem dos incendiários, mas dos países que já destruíram suas florestas e querem se apropriar de nossos recursos minerais.

*_Sérgio Augusto Costa da Silva_*