TCE

É notório que o mudo vem passando por transformações abruptas, desencadeadas pelo conhecimento adquirido pelo homem. Algumas mudanças são boas, outras nem tão boas assim, algumas favorecem milhões de pessoas, outras a um pequeno grupo.
O fato é que para haver mudanças, e aqui não vamos discutir se boas ou ruins, tem que haver conhecimento, ousadia, vontade de melhorar aquilo que já existe ou simplesmente inventar o novo, talvez, aquilo que ninguém pensou.

No universo corporativo, o conhecimento é um grande aliado no que tange à sobrevivência e crescimento de uma organização.
E o que é o Conhecimento?
O conhecimento pode ser encarado como um grande recurso competitivo acelerado ainda mais pelo fenômeno da globalização.
Drucker (1998, p.190 ARGUMENTA “(…) Para se manterem competitivas e até mesmo sobreviverem, as empresas deverão converter-se em organizações baseadas em conhecimento e com bastante rapidez”.

Na contemporaneidade percebemos que vários recursos de mídia escrita, televisiva e digital nos permitem um grande volume de dados. Podemos afirmar aqui, que de uma forma ou de outra, hoje as pessoas tem um acesso relativamente mais fácil aos dados sobre uma diversificada gama de assuntos, porém, o que se ressalta é a forma com que é feita a tradução ou mineração destes dados para o provimento de fontes para o conhecimento. O simples acúmulo de dados não trabalhados, não geram informações e sem informação não há conhecimento.

Acumular informações, como se fossemos um dispositivo de hardware – HD não nos trará benefício algum. A grande valia esta em saber tratar a informação, usando-a de forma adequada no momento certo, com o fito de aumentar o nível de conhecimento para que haja uma evolução significativa para esta ou aquela situação ou problemática.

Afinal, oque são dados? O que são informações?
O dado é um registro ou anotação a respeito de um certame ou ocorrência. Já a informação é o conjunto de dados com significado, ou seja, que reduz a incerteza ou que aumenta o conhecimento sobre algo.

Mudanças de estratégia.
As empresas que mais crescem no mundo certamente tiveram que realinha suas estratégias de crescimento e investimento. Essas empresas passaram a tratar o colaborador como fator primordial para alcançar suas metas. Hoje as empresas, inteligentemente, buscam mais do que satisfação, a felicidade e a realização do seu cliente interno, admitem que dessa forma conseguirão mais do que reter talentos; conseguirão também atrair novos talentos.

Na visão de Senge (2004), organizações que aprendem são aquelas nas quais pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar os resultados que realmente desejam, onde se estimulam padrões de pensamentos novos e abrangentes, a inspiração coletiva ganha liberdade e onde as pessoas aprendem a aprender juntas. Na verdade, elas fizeram a lição de casa brilhantemente e de forma rápida. Entenderam que o seu maior patrimônio não eram e não são os bens tangíveis e sim os intangíveis e desta forma arquitetaram com maestria o capital intelectual para o seu ambiente corporativo. Mas infelizmente ainda falta um longo caminho para que este pensamento e conjunto de atitudes seja a maioria instalada.

O que é Capital Intelectual?
É a soma dos conhecimentos de todos em uma empresa, oque lhe proporciona vantagem competitiva, ao contrário dos ativos. Constituem a matéria intelectual: conhecimento, informação, propriedade intelectual, experiência que pode ser usada para gerar riqueza. Stewart (1998, p.13).
Para Brooking (1996,p.73), capital intelectual pode ser definido como “ uma combinação de ativos intangíveis, frutos das mudanças nas áreas de tecnologia da informação, mídia e comunicação, que trazem benefícios intangíveis para as empresas e que capacitam o seu funcionamento.

O empresário em educação e consultoria, Michael Jean, defende que uma empresa só alcança seus objetivos quando investe no capital intelectual dos seus colaboradores. A empresa pode até procrastinar este investimento, mas é certo que não poderá abrir mão dele por todo o sempre. Só com a percepção de investir no capital intelectual, as empresas conseguirão modificar rapidamente os seus processos, sua forma de atuar, de ganhar dinheiro, de se relacionarem com clientes e parceiros, acrescenta.

Finalmente, não podemos nos esquecer que todo ser humano é perfectível, ou seja, caminha no sentido da perfeição, basta ser motivado e que a motivação não se compra, se constrói.


Por Luiz Claudio da Silva e Michael Jean B. de Moura Especialistas em Educação Corporativa.