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O que se sabe sobre o norte-coreano que fugiu para a Coreia do Sul nadando

Um norte-coreano fugiu para a Coreia do Sul nadando pela fronteira marítima. Amarrado a um pedaço de isopor para flutuar, o desertor chegou à Ilha Ganghwa, um território sul-coreano próximo à Coreia do Norte, após cerca de 10 horas no mar, no último dia 30.

Segundo o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, o homem cruzou a chamada Linha de Limite Norte, uma fronteira marítima – listada entre as mais vigiadas do mundo – na costa oeste da Península Coreana.

Ele foi avistado por volta das 4h da manhã de 31 de julho, no horário local, próximo à linha central do rio que marca a divisa. O norte-coreano, exausto, gesticulou pedindo ajuda e, ao ser abordado por um oficial da Marinha sul-coreana, expressou seu desejo de desertar para a Coreia do Sul.

O desertor foi resgatado e levado sob custódia pelas autoridades sul-coreanas. O Ministério da Defesa de Seul disse que ele manifestou intenção de permanecer no país, segundo a agência de notícias Reuters.

A Ilha Ganghwa, localizada a noroeste de Seul, é um ponto estratégico por estar a apenas 10 quilômetros da fronteira marítima com a Coreia do Norte. Essa proximidade já fez dela uma rota ocasional para desertores que tentam escapar nadando.

A Linha de Limite Norte, que separa as duas Coreias no mar, é uma área de alta tensão, constantemente monitorada por forças militares de ambos os lados.

Dezenas de milhares de norte-coreanos fugiram para o Sul desde a divisão da península na década de 1950, após a Guerra da Coreia. A maioria opta por rotas terrestres, cruzando primeiro para a China e, em seguida, para países como a Tailândia, antes de chegar à Coreia do Sul.

Deserções pela fronteira terrestre são raras, já que a área é densamente florestada, minada e vigiada por soldados. No entanto, no último mês, outro norte-coreano conseguiu desertar cruzando a Linha de Demarcação Militar, segundo o jornal South China Morning Post.

O número de fugas bem-sucedidas caiu drasticamente desde 2020, quando a Coreia do Norte selou as fronteiras, supostamente com ordens de atirar em quem tentasse cruzá-las, para evitar a propagação da Covid-19.

Norte-coreanos que chegam ao Sul são normalmente encaminhados à agência de inteligência de Seul para triagem. O desertor resgatado está sob custódia, e as autoridades sul-coreanas devem investigar as motivações e circunstâncias da fuga, segundo o South China Morning Post.

Fonte: Agência Brasil

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