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Organização confirma que mundo passou de 4 milhões de casos confirmados e pede vigilância máxima contra o ressurgimento de surtos do coronavírus
No momento em que confirma que o mundo passou de 4 milhões de casos diagnosticados de covid-19, a OMS (Organização Mundial da Saúde) ressaltou que a situação poderia ser ainda pior e que as medidas de confinamento adotadas em vários países da Europa e da Ásia funcionaram para desacelerar a propagação do novo coronavírus e diminuir os impactos da pandemia sobre a saúde.

“A boa notícia é que (o confinamento) teve êxito em desacelerar o vírus e salvar vidas”, afirmou Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS. Além de diminuir as chances de novas infecções, a medida permitiu, segundo Adhanom, que os países usassem este tempo para melhorar “habilidade de testar e isolar casos, que é a melhor forma de controlar o vírus e diminuir a pressão sobre os seus sintomas de saúde”.
“Até que uma vacina exista, as medidas amplas deverão ser mantidas”, comentou o diretor-geral. No entanto, a OMS reconhece que as políticas de confinamento ou de distanciamento social têm impactos profundos na economia e afetaram negativamente o modo de vida de milhões de pessoas.
Por esta razão, a suspensão destas medidas ou o seu relaxamento acabam se tornando urgentes para alguns países. Adhanom insistiu que os países precisam ter sistemas de vigilância operando no máximo para evitar ressurgimentos do coronavírus onde ele já diminuiu a sua intensidade de propagação.
“Vimos no fim de semana sinais dos desafios que podem surgir”, disse o diretor-geral, fazendo referência ao ressurgimento de surtos em Wuhan, na China, e em Seul, na Coreia do Sul. A Alemanha também viu o índice transmissão do vírus crescer dias após relaxar medidas de isolamento social.
“Nós temos uma segunda chance agora, como sociedade, de levar esta doença à sério, colocar em prática o suporte comunitário necessário, o suporte às populações vulneráveis”, comentou Mike Ryan, diretor do Programa de Emergências da OMS.