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Com a greve dos rodoviários no Rio, nesta terça-feira (29), a Prefeitura do Rio fez um apelo para que cariocas ficassem em casa mas faltou combinar com os patrões. Mesmo com o Sindicato tendo anunciado a suspensão da greve no meio da manhã, diversos passageiros foram afetados.

O Bom Dia Rio mostrou muitos trabalhadores tentando condução a qualquer custo por ordem dos chefes espremidos nos poucos ônibus circulando ou pagando tarifas muito mais altas em vans. Ou nem isso.

“De que jeito? Não sei. De avião, só pode. Porque não tem como, né, Dona Rosângela? Não tem como chegar no trabalho”, afirmou uma passageira, ao vivo, em Madureira.

Essa passageira tinha que ir até um condomínio em Curicica, na Zona Oeste do Rio, a cerca de 35 km dali. A TV Globo apurou que nem mesmo depois do desabafo a Dona Rosângela liberou a funcionária e mandou “catar uma van”.

Rodoviários do Rio entraram em greve no primeiro minuto desta terça, mas o Sindicato anunciou o fim da paralisação ainda no começo da manhã. Durante alguns momentos, nenhum articulado do BRT estava rodando, e algumas estações chegaram a amanhecer fechadas. O corredor Santa Cruz-Alvorada funcionou em contingência durante o período de greve, com coletivos normais.

Alguns ônibus de linha, regulares, estavam circulando com 60% da frota, segundo o Rio Ônibus, e havia a promessa de aumentar os coletivos nas ruas antes do anúncio do fim da greve.

Outros relatos

Nos principais pontos de circulação de passageiros da cidade, os relatos de pessoas que tiveram prejuízos por não chegar ao trabalho eram frequentes.

“Eu cheguei às 5h. Eu não liguei para a patroa porque ela não acorda agora e não quero incomodar, mas estou mandando mensagem”, afirmou outra passageira, que contou não ter dinheiro para buscar um carro por aplicativo.

Outro contou que perderia dinheiro. “Estou tentando ir para o Recreio. Eu trabalho na diária e então perdi o dia. Estou esperando o patrão fazer o PIX para pegar a condução”, afirmou o trabalhador.

Fonte: G1