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Foto: Divulgação
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Com o objetivo de sensibilizar a população sobre os cuidados básicos para prevenir a hipertensão arterial, a Prefeitura de Manaus deu início, neste Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, 26/4, à intensificação das atividades educativas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). São rodas de conversa, aferição da pressão arterial, avaliação do Índice de Massa Corporal (IMC) e busca ativa de hipertensos, que se estendem até sexta-feira, 30, nas unidades, para reforçar a importância da prevenção e do controle da doença.
A titular da Semsa, médica Shádia Fraxe, reforça a importância de ter hábitos saudáveis tanto para evitar, quanto para controlar a pressão alta. “Manter uma atividade física regular, não exagerar no uso do sal, moderar o consumo de álcool e manter o peso, são algumas ações fundamentais. Nossas Unidades Básicas de Saúde, seguindo a orientação do prefeito David Almeida, estão realizando um trabalho de educação para enfatizar esses e outros direcionamentos para os usuários”, assinala. Estimativas da Semsa apontam que atualmente há 309.907 usuários com hipertensão arterial, em Manaus, dos quais 46.511 foram atendidos de janeiro a abril. Doença crônica determinada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias, a hipertensão força o coração a exercer um esforço maior do que o normal para que o sangue seja distribuído corretamente no corpo. Este mal é um dos principais fatores de risco para a ocorrência do Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca, além de complicações pela Covid-19.

 

Diagnóstico

Dados do sistema Vigitel, divulgado em 2020 referentes às informações de 2019, apontam que a frequência de adultos que referiram diagnóstico médico de hipertensão arterial em Manaus foi de 18,4%.

No sexo masculino, o percentual ficou em 17,1% e entre as mulheres, o índice foi de 19,7%. No conjunto das 27 capitais do Brasil, a frequência de diagnóstico médico de hipertensão arterial foi de 24,5%, sendo maior entre mulheres (27,3%) do que entre homens (21,2%).

O Vigitel faz parte do sistema de Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), do Ministério da Saúde. A partir deste sistema é possível fazer o planejamento de ações e programas para reduzir a ocorrência e a gravidade de doenças nos usuários.

Hábitos

A diretora do Departamento de Atenção Básica (DAP), da Semsa, Sonja Ale Farias, explica que além de trabalhar na prevenção, a Prefeitura e Manaus desenvolve o Programa de Controle de Hipertensão e Diabetes (HiperDia), resultado de parceria entre o Ministério da Saúde e a Prefeitura de Manaus.  Esta iniciativa permite a oferta gratuita de medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde. Para retirar os remédios, é preciso apresentar um documento de identidade com foto, CPF, Cartão do SUS e receita médica. “Para as pessoas que não podem sair de casa, existe a alternativa de um representante, que pode retirar a medicação levando os seus próprios documentos e os do usuário que toma a medicação”, salienta Sonja.

Uma alimentação equilibrada é uma das formas de controle da hipertensão arterial. Para ajudar no dia a dia da alimentação do brasileiro foi lançado em 2014, o Guia Alimentar para a População Brasileira. A publicação mostra os cuidados e caminhos para alcançar uma nutrição saudável, saborosa e balanceada. O guia pode ser encontrado facilmente na internet no link: https://bit.ly/3nlj6k.

Vulnerabilidade

A crise sanitária mundial causada pela pandemia do novo coronavírus representa reforço no cuidado dos usuários com hipertensão arterial, que fica mais vulnerável a desenvolver as formas mais graves da Covid-19. Para a gerente da Rede de Cuidados Crônicos (GRCC), Yonara Bezerra Wanderley, não se pode relaxar nos cuidados e controle da hipertensão arterial.

“Em tempos de pandemia, a pressão deve continuar a ser controlada e os exames anuais não podem ser negligenciados, especialmente se estavam alterados na última rotina. Cuide de sua pressão arterial. Diferentemente da Covid-19, ela é nossa velha conhecida e sabemos como reconhecê-la e tratá-la com remédios reconhecidamente eficientes e capazes de melhorar a qualidade de vida dos hipertensos”, orienta.

 

Texto – Tânia Brandão / Semsa