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Foram investidos cerca de meio milhão de reais na aquisição do pescado, de 36 pequenos e médios piscicultores, que foi distribuído para 10 mil famílias em situação de vulnerabilidade social

Uma verdadeira força-tarefa foi montada pela prefeitura de Presidente Figueiredo para distribuir 34 toneladas de tambaqui curumim às famílias em situação de vulnerabilidade social, inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal. O trabalho, que começou ainda no dia 31 de março e só terminou na noite de quarta-feira (05/04), mobilizou dezenas de servidores públicos, de todas as secretarias municipais, além de trabalhadores temporários que foram contratados pelos piscicultores para ajudar na despesca.
“Foram seis dias acordando por volta das 4h e só retornando pra casa já tarde da noite”. A afirmação, feita pela secretária Inês Sampaio, titular da Secretaria Municipal de Abastecimento e Desenvolvimento Agrícola, Aquícola e Pesqueiro (Semada), define bem como foi a rotina das dezenas de servidores municipais envolvidos na força-tarefa montada pela prefeitura, para garantir que não faltasse o peixe na mesa das famílias figueiredenses, nesta Sexta-feira Santa, como manda a tradição dos cristãos.
Falando em nome das dezenas de servidores envolvidos na ação, a secretária diz não ter duvidas de que valeu muito a pena todo esforço empreendido, tanto pelo sentimento de gratidão manifestado por aqueles que recebem o pescado, quanto pelo impacto positivo que faz crescer a piscicultura em Presidente Figueiredo.
“Até o dia da despesca e entrega do peixe ao cidadão, são muitos passos percorridos. Hoje, cerca de 80 criadores participam do programa municipal de fomento a piscicultura, que recebem todo suporte técnico e também os alevinos, que são doados pela prefeitura, que depois compra o tambaqui curumim para doar na Semana Santa. A equipe técnica da Semada está presente, junto ao piscicultor, na adubação dos tanques, alevinagem, acompanhamento nutricional, o controle da qualidade da água e na despesca”, destaca Inês Sampaio.
Trinta e seis piscicultores, dos 80 acompanhados pela Semada, atenderam à chamada pública feita pela prefeitura para a Semana Santa deste ano. Cada um forneceu 944 quilos de pescado, cada peixe pesando entre um e três quilos, totalizando 34 toneladas, duas toneladas a mais do total distribuído ano passado.
O pescado veio de propriedades localizadas nas comunidades rurais Serra do Sol, Boa Esperança, Jardim Floresta, Canoas, Rio Pardo, Brava Gente II e Abonari, na BR 174, e Boa União, Ramal da Morena, São Salvador, Marcos Freire, Cristo Rei, São Miguel, Ramal da Morena e Maroaga, essas duas últimas, por onde começou e terminou a despesca, respectivamente.
Foi da propriedade do piscicultor Rodrigo Machado, que saíram os últimos 944 quilos para compor as mais de 13 toneladas de tambaqui que foram entregues às famílias da sede que estavam aptas a receber a doação.
“Essa ação da prefeitura, além de ser de grande abrangência social, é determinante para o desenvolvimento da piscicultura, tanto para os produtores da agricultura familiar, que estão começando com criação de peixes, quanto para aqueles que estão fase de expansão. Essa venda na Semana Santa ajuda a equilibrar as contas e fazer novos investimentos na propriedade. A prefeita Patrícia Lopes, o vice-prefeito Anderson, a secretária Inês, estão todos de parabéns. Essa gestão está sendo um marco na história da piscicultura em Presidente Figueiredo”, destacou Rodrigo.
A prefeita Patrícia Lopes, que junto com o vice-prefeito Anderson Leal, companhou a despesca, e também a distribuição do pescado, esteve na propriedade do Ronaldo Machado, na comunidade Maroaga, no Km 7 da estrada de Balbina, e se encantou com progresso dos investimentos que o piscicultor vem alcançando, a exemplo do que vem ocorrendo em muitas outras pequenas e médias propriedades.
“É gratificante poder garantir que milhares de família possam ter o peixe na mesa, fresquinho, de qualidade, e, ao mesmo tempo, contribuir para o desenvolvimento de uma nova matriz econômica para o nosso município, que é a psicultura. Quando começamos, muitos dos 80 piscicultores cadastrados na Semada, só vendiam para prefeitura, neste período da Semana Santa, hoje, muitos deles já estão com seu produto no mercado consumidor da capital. É assim que um segmento econômico se consolida”, afirma Patrícia Lopes.
No início da gestão da prefeita Patrícia Lopes, a Semada tinha cadastrado 40 piscicultores, hoje, são mais de 80 e, levando em conta os projetos que estão em fase de regularização, esse número chegará perto de 150.
Previamente, todas elas receberam uma senha, corresponde ao local onde deveria receber a doação. “Estrategicamente, cada local foi identificado com uma cor, a mesma da senha, para evitar tumulto e que alguém deixasse de receber sua doação”, explica a titular da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semasc), Irene Araújo, coordenadora da distribuição do pescado.

Fotos: Paula Oliveira e Tamyres Cunha (Dircom-PF)/Divulgação