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“Estamos esperando que 2020 seja um ano que aquilo que foi plantado pelo governo federal, estadual e pelas empresas possam se consolidar”
Assim como vem ocorrendo com o comércio varejista, o setor de serviços na capital também teve crescimento significativo nas receitas no ano de 2020.
O ano de 2019 registrou um fôlego para o setor varejista do Amazonas. Um balanço realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL Manaus) aponta crescimento nas vendas em todas as datas sazonais no decorrer do ano, em especial, nas vendas de fim de ano, que registrou aumento de 5,2% em relação a 2018. Assim como ocorreu com o comércio varejista, o setor de serviços da capital amazonense registrou alta significativa nas receitas durante o ano.
De acordo com o presidente da CDL Manaus, Ralph Assayag, devido a mudança de governo, 2019 ainda foi um ano difícil para a economia do Estado, mas que superou 2018 em todos os sentidos. “2019 foi um ano desafiador, principalmente com a mudança de governo, tanto de governador quanto Presidente da República. O presidenciável no início veio fazendo muitas reformas e até nós aprendermos e entendermos foi difícil. O Governador também fez mudanças, que deveriam, inclusive, ser mais radicais”, comentou.
Assayag lembrou que no segundo semestre de 2019, cerca de 90 lojas de diversos segmentos foram inauguradas em todo o Estado. “Essas aberturas de novas lojas ajudaram muito no crescimento dos postos de trabalho. Chegamos no final do ano com um cenário de muito mais pessoas empregadas comparado a 2015, 16, 17 e 18. Como em 2018 o índice de contratação foi muito baixo, 2019 foi muito fácil superar”, afirmou.
No quarto trimestre de 2019, foi consolidada a permanência do ambiente positivo que, segundo Assayag, foi fundamentado no otimismo dos consumidores. “Houve uma perspectiva positiva quanto aos rumos da economia, maior quantia de dinheiro disponível e mais acessível aos consumidores com a liberação de recursos do FGTS, além da maior injeção do montante do décimo terceiro salário no período das festas de fim de ano”.
Comparando o resultado estimado para 2019 de alguns segmentos do varejo com o apurado em 2018, os setores de bens duráveis são os que mais se destacaram, com crescimento de 8%; os semi e não duráveis cresceram em um patamar de 5%, em média. As lojas de móveis e decoração, de materiais de construção, de autopeças e acessórios e as farmácias e perfumarias registraram dois dígitos de aumento nas vendas em comparação a 2018. 
Outros elementos que beneficiaram diretamente o resultado de 2019 registrado, foi a permanente melhoria dos principais indicadores ligados à renda, à queda da taxa de juros, à baixa inflação, ao nível de emprego e à facilidade de acesso a crédito. Também é importante considerar que uma grande movimentação de recursos no comércio no fim do ano é observada na Black Friday, uma data cada vez mais representativa para o varejo. 
Ralph Assayag falou sobre o crescimento de 5,2% nas vendas de Natal e Ano Novo. Ele afirma que isso trouxe uma tranquilidade devido a injeção de R$ 1,4 bi com o pagamento do 13º salário de todas as faixas etárias. No entanto, ainda não ultrapassou as vendas de 2014 que foi o melhor ano em termos de vendas na década.
“Estamos esperando que 2020 seja um ano que aquilo que foi plantado pelo governo federal, estadual e pelas empresas possam se consolidar, pois já vemos uma projeção positiva para o terceiro setor.  “A agricultura vem com as maiores safras em 2020. Ninguém acreditava que poderia ultrapassar a safra de 2018 e 2019, mas ela vem batendo o recorde para o ano que vem, sobretudo em crescimento, isso vai ajudar muito a estabilizar a balança comercial”, afirmou.
O dólar também contribuiu com esse crescente, com a subida da moeda americana, aumenta a exportação de café, soja, algodão e carne. O presidente da CDL Manaus disse ainda que as empresas devem se reciclar mais rápido. “Por isso o BNDS, ao invés de estar dando dinheiro para outros países que não vão pagar, estão oferecendo taxas menores para os empresários reativarem e renovarem seus equipamentos e máquinas. Essas mudanças tecnológicas acarretam diminuição de tempo, aumentam a produção e, certamente, vai impactar no consumo de energia, gerando maior emprego e renda”.
Desburocratização
Assayag disse que para que o País e o Estado possam se desenvolver, é necessário que se trabalhe a desburocratização e combata a alta cobrança de impostos. “Além de toda a burocracia do governo, temos o entrave da legislação trabalhista, os altos impostos dificultam a abertura de novas vagas de trabalho. Quando se contrata um trabalhador, você paga por dois. Se o governo diminuir esse imposto em pelo menos 50%, abre margem para que novos profissionais sejam contratados e, consequentemente, valorizados em seus postos de trabalho. Esses trabalhadores ganhando, vão consumir mais, consumindo, terão abertura de novas lojas e novas oportunidades de empregos. A engrenagem começa a girar. Sem contar que a qualidade de vida melhoraria muito”, finalizou.
Por: Assessoria de Comunicação e Marketing – CDL Manaus 
Repórter: Gabriel Leite 
Foto: Internet