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Foto: Divulgação

O presidente do Haiti, Jovenel Moïse, foi assassinado dentro da residência oficial na madrugada desta quarta-feira (7), de acordo com o premiê do país, Claude Joseph. A primeira-dama, Martine Marie Etienne Joseph Moïse, também foi baleada e morreu no hospital. Os autores do ataque ainda não foi identificado. As informações foram confirmadas pelas agências internacionais Reuters, EFE e AFP.

Joseph repudiou o “ato odioso, inumano e bárbaro” e pediu calma. “Todas as medidas para garantir a continuidade do Estado e proteger a Nação foram tomadas. A democracia e a República vão vencer”, afirmou.

O país passa por uma intensa crise política e econômica. Desde 2018, milhares de haitianos marcham pelas ruas do país e pedem melhores condições de vida. Os protestos começaram depois do aumento do preço da gasolina, em 2018, e causaram a renúncia do então primeiro-ministro, Jack Guy Lafontant.

Neste ano, os protestos pediam a renúncia de Moise, um empresário do setor da banana que chegou ao cargo sem experiência política.

O Haiti, a nação mais pobre do continente americano, é atormentado pela insegurança, especialmente por sequestros de resgate realizados por gangues. O presidente Moïse, que era acusado de inação diante da crise, enfrentava forte desconfiança de grande parte da população civil.