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A aula especial foi transmitida ao vivo nas redes sociais do Correio e teve a participação de professores do Colégio Sigma

O segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será neste domingo (12/11), quando serão aplicadas as provas de matemática e de ciências da natureza. Dando continuidade à série que começou antes do primeiro dia de exame, o Correio promoveu, nesta quinta-feira (9/11), um aulão especial, com dicas de seis professores do Sigma. A live, transmitida pelas redes sociais, foi dividida em três blocos e mediada pela editora do site do jornal, Mariana Niederauer.

Participaram do aulão os professores Paulo Luiz Ramos (matemática), Gabriel Silva Carvalho (matemática), Alvir Sonza Júnior (física), Paulo Ferrari (física), Renata Cardim (química) e Alessandro Santana Reis (biologia).

No primeiro bloco, Alessandro explicou que as questões ambientais são as que historicamente mais caem na prova de biologia, além de problemas de saúde. “Esperamos que questões relacionadas ao garimpo caiam na prova. O Brasil voltou ao protagonismo da questão ambiental, mas ainda vemos o cerrado e a Amazônia sendo devastados, e seres vivos sendo afetados pelo mercúrio”, apontou. Entre os conteúdos mais difíceis, ele cita botânica, com assuntos como histologia vegetal e zoologia, nos quais o aluno pode lembrar apenas parte do conteúdo.

“Na biologia, geralmente, é trazido um problema de doença, mas, muitas vezes, o assunto cobrado é ecologia, por exemplo. É uma prova que exige discernimento do candidato. O texto fala de algo, mas a questão exige outra coisa. Leitura qualitativa e atenta é fundamental”, acrescentou.

Temas recorrentes

Em química, Renata Cardim vê a recorrência de assuntos relacionados à radioatividade e reações inorgânicas. “No ano passado, foi cobrado pH acidez, efeito estufa, radioatividade, pelo momento de guerra que vivemos. Questões de equilíbrio químico, termoquímica e características dos compostos orgânicos são outros conteúdos prováveis”, avaliou.

Como a prova está muito próxima, Renata não recomenda estudar conteúdo, porque pode gerar insegurança. “A dica é resolver questões de provas antigas, que é uma oportunidade de treinar a leitura dos enunciados que, muitas vezes, contêm as respostas, além de treinar o olhar sobre detratores”, assinalou.

No segundo bloco, os professores de matemática Paulo Luiz Ramos e Gabriel Silva Carvalho enfatizaram que o tempo de prova é curto. “Não gaste tempo no início com questões difíceis, mesmo que você domine o assunto. Você gasta esse tempo e, no final, fica chutando questões fáceis”, disse Paulo, que elencou conversão de unidade, percentagem, proporção, geometria e aritmética como os assuntos mais fáceis da parte de matemática.

Ramos dá como principal dica treinar cálculos, porque o exame não permite calculadora. Outra orientação é não deixar questões em branco, que valem o mesmo que os itens errados no cálculo da nota. “Começar lendo a pergunta primeiro e, depois, o texto da questão ajuda a economizar tempo”, aconselhou.

Gabriel Silva considera importante a habilidade do estudante de identificar as questões fáceis, médias e difíceis, para saber quais responder primeiro. “Logaritmo, por exemplo, é, geralmente, entre médio e difícil no Enem, mas pode ser que seja cobrado de maneira fácil”, aponta. Ele enfatiza a importância de acertar os itens mais fáceis por conta da Teoria de Resposta ao Item (TRI), método avaliativo do Enem. Já houve casos de alunos que gabaritaram e tiraram a mesma nota do que aquele que errou apenas uma questão”, lembra.

Sobre economia de tempo na hora da prova, ele dá outra dica: “Construir a expressão algébrica completa para cortar e simplificar o cálculo, isso gera ganho de tempo na prova, e leitura dinâmica. Na matemática, a parte que importa na questão salta aos olhos”.

Para o professor de física Paulo Carrari, nessa reta final, o candidato deve ignorar assuntos que não caem com frequência na prova. “E assuntos que você acha muito difícil — daqui para domingo, você não vai aprender eletrostática, que não cai muito na prova. Entropia também não”, disse.

Carrari também não vê muita vantagem em decorar fórmulas. “A prova gosta de botar mais informação do que o necessário para o aluno filtrar o que ele vai precisar levar em conta”, observou. O assunto que ele aponta como certo de que cai na prova são os fenômenos da ondulatória. “Entre no Google e pesquise esses fenômenos, como ocorrem, o porquê e como evitar”, orientou.

Alvir Sonza indica que o texto das questões podem, muitas vezes, ser distratores, as chamadas pegadinhas. Entre os assuntos que caem na prova com frequência, estão energia elétrica e circuitos. “Eletrodinâmica, desde o início do Enem, sempre caiu, assim como sobre consumo de luz, placa fotovoltaica e produção de energia solar”, observou.

Confira o aulão completo:

 

 

Fonte: Correio Braziliense

Foto: Cadu Ibarra