TCE

Nesta segunda-feira (2), o advogado Marcelo Amil deixa de ser o presidente estadual do Partido da Mobilização Nacional (PMN) no Amazonas, por decisão do diretório nacional, e, consequentemente, também sai da sigla. Amil deve procurar um novo partido que se alinhe o seu pensamento ideológico e que tenha um projeto viável para a cidade de Manaus.

A partir de hoje, eu Bruna Souza deixo de ser a assessora de imprensa do PMN, mas continuo com o advogado Marcelo Amil. Ele está disponível para prestar esclarecimentos sobre a sua saída, falar sobre o seu projeto de campanha e os novos passos na política. Para qualquer agendamento de entrevista, o contato pode ser feito pelos telefones 98226-1609 ou 99383-6880.

Muito obrigada pelo apoio!

Segue a carta pública:
Por esta carta torno público que não sou mais o presidente estadual do PMN Amazonas.
Em julho de 2019, eu fui chamado à convenção nacional do partido em São Paulo, onde eu sequer era convencional, e recebi do presidente Carlos Massarollo o convite para ser presidente do partido. Aceitei o desafio.

Encontrei um partido com prestações de contas vencidas, com contas bancárias encerradas, com diretórios irregulares, sem sede e sem nenhuma relevância na política local. Dediquei meus dias a mudar isso. Construímos diretórios, apresentamos uma alternativa à cidade de Manaus. Apesar dos assédios, conseguimos arregimentar mais de cinquenta pré-candidatos a vereador(a).

Demos vida ao partido nomeando uma coordenação do PMN Diversidade, fomos pioneiros na luta pelo respeito orientando nossos diretórios a reservar vagas para candidatos LGBTQ+. Inserimos o PMN nas comunidades através da criação de zonais. Iniciamos a realização de cursos de formação política para nossos militantes nas comunidades. Criamos um webprograma exclusivo para divulgar o partido. Já tínhamos datas para nomear a coordenação de mulheres e o PMN jovem. Colocamos o PMN no centro do debate político sobre a sucessão à Prefeitura de Manaus. Transformamos o PMN num partido de verdade.

Desde o mês de janeiro, eu venho recebendo pressões para receber no partido um grupo ligado ao ex-governador Amazonino Mendes. Recusei-me. Conversei, por ordem do presidente nacional, com pessoas desse grupo. Ouvi deles que seria passado um trator por cima de mim. Eu disse que esperaria o trator porque quis acreditar que o estatuto do partido seria respeitado, que um partido estatutariamente socialista não se renderia a qualquer coisa que não fosse sua ideologia. Infelizmente, eu estava enganado.

Na manhã de ontem (1º), eu fui surpreendido com a desativação do diretório que eu presidia, e hoje visualizei no site do TRE a nomeação de uma nova direção. Lamento que o presidente Massarollo, que me pediu pra ir à SP onde me convidou a presidir o partido, não tenha tido a hombridade de me telefonar para dizer que eu não seria mais presidente. Minha gestão iria em tese até maio de 2020.

Infelizmente, o trator do atraso passou por cima das flores do futuro. Sigo meu caminho defendendo tudo em que sempre acreditei. Me alegra saber que a esmagadora maioria dos companheiros que fiz no PMN se dispôs a continuar na caminhada, pois quem mudou não fomos nós, foi o PMN. Agradeço a todos os apoiadores e, principalmente, aos jornalistas que sempre abriram o espaço para o debate saudável de temas relevantes a nossa sociedade.

Manaus, 02 de março de 2020

Marcelo Amil