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A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) recebeu, na última quinta-feira (04), a denúncia de que uma família de 37 pessoas, entre criança, adultos e idosos, vinda da cidade de Maracaçumé, no estado do Maranhão, estava vivendo em uma palafita em condições subumanas, na comunidade Bairro do Céu, no bairro Aparecida, zona Sul de Manaus. O caso envolve suspeita de tráfico humano e trabalho escravo. 

Segundo o apurado pela secretaria, a família veio do Maranhão com destino a Boa Vista, no estado de Roraima, mas, devido à proibição de viagens intermunicipais, não conseguiu chegar ao destino onde, de acordo com a família, havia a promessa de emprego.

A secretária Mirtes Salles, contou que todos os familiares estavam vivendo em um pequeno imóvel de dois cômodos. À equipe da pasta, eles solicitaram uma autorização para fazer uma viagem de barco até a cidade de Belém, no Pará, para conseguir retornar à cidade natal.

“São pessoas que, provavelmente, poderiam ser vítimas de tráfico humano e serem atraídas para Boa Vista para trabalho escravo. Elas dizem que tem uma família muito simples, pobre, que estaria esperando por eles lá. Uma pessoa pobre não vai esperar 37 pessoas. Então é uma história mal contada. Percebemos que eles têm muito medo, receio, de falar”, disse a gestora.

Ela informou, ainda, que está em contato com o Comitê de Crise da Covid-19, do Governo do Amazonas, para reunir os mecanismos necessários para retirar a família da situação em vulnerabilidade social que se encontra, além de conseguir levá-los de volta ao Maranhão.  

A denúncia envolveu a atuação de três secretarias executivas da Sejusc, sendo elas de Direitos Humanos, da Criança e do Adolescente, e da Pessoa Idosa.