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BRASIL – O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid do Senado, senador Omar Aziz (PSD), criticou o veto do Governo Bolsonaro à exigência do passaporte vacinal de passageiros que visitam o Brasil.

Omar disse ainda que a decisão do presidente é um “birra”, visto que, durante toda a pandemia, Bolsonaro agiu para sabotar medidas de sanitárias de combate à covid-19.

O parlamentar falou em convocar o ministro da Saúde Marcelo Queiroga ao Senado para dar explicações sobre tal decisão.

Isto porque, o colegiado presidido pelo senador encerrou as atividades no final de outubro e um dos atos finais da comissão foi a criação de uma Frente Parlamentar de Combate à Covid para acompanhar os desdobramentos da CPI, o que lhes daria direito à convocação do ministro.

Segundo Omar, o país não ganha nada ao se insurgir contra o passaporte vacinal. Para ele, daqui para frente, a maioria dos países que os brasileiros querem visitar vão exigir o documento para comprovar a conclusão do ciclo vacinal.

“Não seria muito mais fácil exigir o passaporte da vacina? Muito mais barato para quem vem para cá. Como que ele vai controlar tudo isso (Ministério da Saúde). Isso não tem como controlar. Agora o cara chega aqui infectado e vai fazer quarentena, exigir PCR. Isso é um custo maior para o Brasil do que a exigência do passaporte”, comentou o senador ao RealTime1.

Omar desaprovou a declaração de Marcelo Queiroga dita nesta terça-feira (7), quando o ministro afirmou que seria “melhor morrer do que perder a liberdade”, parafraseando Bolsonaro. De acordo com ele, o Congresso deveria considerar convocar o ministro.

“É um negócio que não cabe na cabeça de ninguém vindo de um cardiologista, de um cara que foi presidente da associação de cardiologia do Brasil e nem de um profissional da medicina”, criticou Omar.