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O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo fez críticas ao movimento negro nas redes sociais, nesta quinta-feira (23). No post, Sérgio diz que a militância deveriam priorizar a leitura de Monteiro Lobato ao invés de ouvir artistas como Emicida e Mano Brown.

Camargo escreveu que a leitura do autor fez dele “um preto melhor que os vitimistas rancorosos e ignorantes que militam contra a união do povo brasileiro”, afirmando que o racismo é um “eterno ressentimento do passado”.

“Se a militância vitimista preta lesse mais Monteiro Lobato, versão original, em vez de ouvir Emicida e Mano Brown, não aplaudiria tanta besteira inventada pela branquitude marxista da academia”, escreveu no Twitter.

Racismo nas obras de Monteiro Lobato

O clássico infantil brasileiro O Sítio do Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato, tem trechos com conotação racista e que passaram a ser contestadas. Um dos exemplos é a representação da Tia Nastácia, personagem descrita como “negra beiçuda”.

Ao longo da obra, outros termos pejorativos são usados para inferiorizar a personagem em função da sua cor. Nastácia foi a única que não passou por mudanças visuais desde o primeiro momento em que apareceu nos livros, na obra A menina do narizinho arrebitado, que completou 100 anos em 2020.

Como uma forma de reparação histórica, a bisneta do escritor, Cleo Monteiro Lobato, suprimiu termos racistas nas reedições de livros.

Com informações UOL