Um documento sigiloso do Supremo Tribunal Federal (STF), assinado pelo ministro Alexandre de Moraes, expôs um plano golpista meticulosamente elaborado por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, com a participação ativa de militares de alta patente. A investigação, que recebeu o codinome “Copa 2022”, revelou a existência de uma organização criminosa com o objetivo de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e promover atos de violência contra membros do Judiciário.
O plano, arquitetado por Bolsonaro, generais e ministros de seu governo, como Braga Netto, Augusto Heleno e Valdemar Costa Neto, presidente do PL, previa ataques virtuais, disseminação de fake news e ações antidemocráticas para subverter o resultado das eleições. O Comando Militar da Amazônia, sob o comando do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, serviu como base para o armazenamento de documentos secretos e a organização de ações clandestinas, como a redação da “Minuta do Golpe” por Bolsonaro.
A Polícia Federal interceptou mensagens entre os envolvidos, revelando um plano detalhado para assassinar e sequestrar membros do Judiciário, incluindo o ministro Alexandre de Moraes. O STF determinou a prisão de diversos envolvidos, buscas e apreensões e a suspensão de funções públicas, visando desarticular a organização criminosa e preservar a democracia.
Com o indiciamento de Bolsonaro e outros envolvidos por formação de organização criminosa e outros crimes, o caso deve ser julgado pelo STF ainda em 2025. A revelação do plano golpista causou grande repercussão no país, gerando debates sobre a fragilidade das instituições democráticas e a necessidade de responsabilização dos envolvidos.