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Na terça-feira (2), a veterinária Pryscila Andrade, 31 anos, faleceu em decorrência da síndrome de Haff, também conhecida como doença da “urina preta”. Ela estava internada em uma unidade de terapia intensiva em Recife, Pernambuco, desde 18 de fevereiro, por ter se sentido mal após comer peixe.

Conforme o site Metrópoles, os estudos científicos publicados até o momento sobre a doença no Brasil relatam que os casos aconteceram após a ingestão de tambaqui, olho de boi, badejo, pacu-manteiga, pirapitinga e arabaiana — este último foi o peixe ingerido pela veterinária.

O peixe contaminado, mesmo cozido, pode desencadear a síndrome, e não apresenta gosto diferente do habitual. Nem todo peixe das espécies citadas é responsável pela infecção, que é considerada rara.

Ainda não está claro exatamente por que os peixes podem ser tóxicos: as duas principais teorias dizem respeito ao consumo de alguns tipos de algas por eles ou à má conservação do alimento antes da ingestão humana.

Os sintomas aparecem nas primeiras 24h após o consumo e, por isso, se acredita que a doença seja causada por toxinas. O principal sinal é o escurecimento da urina, que pode chegar a ficar da cor de café. Outros sintomas da condição são dor e rigidez muscular, dormência, perda de força e falta de ar.

A doença deve ser tratada rapidamente, pois pode levar à insuficiência renal, falência múltipla de órgãos e até ao óbito.

Urina preta

Um almoço em família na última no dia 18 de fevereiro acabou mal para duas irmãs do Recife (PE). Poucas horas depois de consumir um peixe da espécie arabaiana, também conhecido como “olho de boi”, Flávia e Pryscila Andrade foram diagnosticadas com a Síndrome de Haff, doença rara e pouco conhecida caracterizada, principalmente, por escurecer a urina dos pacientes, tornando-a da cor de café.

A hipótese mais aceita é de que a enfermidade seja causada por alguma toxina biológica termoestável (ou seja, que não é destruída pelo processo normal de cozedura) presente em peixes de água doce e crustáceos. A substância não altera o sabor ou a cor do alimento, o que facilita a contaminação. Alguns frutos do mar que foram consumidos por pacientes diagnosticados com a síndrome incluem espécies como o tambaqui, pacu-manteiga, pirapitinga e lagostim.

O problema ocorre de forma repentina e causa ruptura das células musculares. A síndrome pode evoluir rapidamente: os primeiros sintomas surgem entre duas a 24 horas após o consumo de peixe ou crustáceos bem cozidos, mas contaminados. Além da urina preta, entre os principais sinais da doença, estão a dor e rigidez muscular, dormência, perda de força e falta de ar.

*Com informações do site Metrópoles