A criatividade na escolha dos nomes dos candidatos às eleições de 2024 está em alta, com muitos postulantes adotando apelidos e títulos únicos para chamar a atenção do eleitorado. No entanto, há regras rígidas definidas pela Justiça Eleitoral para garantir que esses nomes não sejam considerados “ridículos ou irreverentes”.
No Amazonas, alguns candidatos se destacam por suas escolhas inusitadas. Entre eles, “Requebra” (Ivanilson Pereira Monteiro), candidato a vereador pelo PSD no município de Silves; “Malária” (Clério Rodrigues Sousa), candidato a vereador pelo PP em Apuí; e “Tuxina” (Antônio Cláudio da Silva Filho), candidato a vereador pelo PMB no município de Careiro, e que é motivo de gozação porque o apelido faz referência a uma parasitose que causa coceira anal. Contudo, esses candidatos estão aptos a concorrer às eleições por cumprirem as diretrizes da Justiça Eleitoral, garantindo que suas escolhas estejam dentro dos limites estabelecidos pela legislação.
De acordo com as normas da Justiça Eleitoral, o nome de um candidato deve ter no máximo 30 caracteres e pode ser composto por prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido ou o nome pelo qual a pessoa é mais conhecida, sempre respeitando a decência e o bom senso. A lei visa evitar que candidatos usem nomes que possam desviar o foco do debate político e reduzir o respeito pelo processo eleitoral.
A diversidade de nomes é notável em vários municípios do Amazonas. Em São Gabriel da Cachoeira, há “Frank Sinatra” (Frank Sinatra Barbosa de Lima, Mobiliza); em Silves, “Tolinho” (Valdeney Corrêa Araújo, PP); “Tapioca” em Tefé (Arnaldo Nascimento da Silva, MDB); em Amaturá, “Madona” (Sayonara Almeida Simão, PP); e em Autazes, “Ana Maria Braga” (Ana Maria dos Santos Nunes, MDB). Existe ainda, em Barreirinha, o Bolsonaro (Laurindo Pereira Tavares Filho, PP), e o Lula em Baruri (Marcos Antônio Oliveira da Costa, PSB), ambos com nomes que se destacam pela originalidade.
Em Alvarães, “Zolinho” (Jeziel Marinho da Silva, PDT); em Itacoatiara, “Bago” (Ariusto da Silva Santos, PP); e no Careiro, “Machão” (Adonias Ribeiro de Aguiar, MDB) misturam características físicas e virilidade.
Essas escolhas refletem a estratégia de muitos candidatos em usar a criatividade para se destacar em um campo eleitoral competitivo, sempre respeitando as normas impostas pela Justiça Eleitoral. A regra principal é garantir que os nomes não causem constrangimento ou sejam considerados desrespeitosos, mantendo a integridade do processo eleitoral.