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Manaus – O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), anunciou durante entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (23) que proibiu abertura de bares, restaurantes e casas de shows com intuito de combater o novo coronavírus (Covid-19). Segundo ele, o decreto vai funcionar do dia 26 de dezembro até o dia 10 de janeiro de 2020.

A decisão de Wilson Lima foi tomada em conjunto com o Comitê de Crise da Covid-19 e deve ser publicada no Diário Oficial ainda hoje.

De acordo com o governador, a ideia das restrições é frear a disseminação do coronavírus, principalmente entre as pessoas de 20 a 49 anos, que estão sendo as mais infectadas e acabam levando para casa a doença e transmitindo a indivíduos que pertencem ao grupo de risco como os idosos.

Conforme o decreto, festas em casas de shows, casamentos e formaturas estão suspensas pelo prazo de 15 dias. Somente os serviços essenciais como padaria, supermercados e drogarias poderão abrir normalmente.

Wilson Lima garantiu que vai combater as festas junto com a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). O estabelecimento autuado promovendo aglomerações terá o equipamento de som, iluminação e bebidas apreendidas pela polícia, além da aplicação de multa.

O boletim da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) divulgado na última terça-feira (22) aponta que foram registrados 1.217 novos casos de Covid-19, totalizando 193.544 casos da doença no estado, sendo 77.824 em Manaus e 115.720 no interior.

Entre os casos confirmados de Covid-19 no Amazonas, há 555 pacientes internados, sendo 337 em leitos (88 na rede privada e 249 na rede pública), 209 em UTI (65 na rede privada e 144 na rede pública) e nove em sala vermelha, estrutura voltada à assistência temporária para estabilização de pacientes críticos/graves para posterior encaminhamento a outros pontos da rede de atenção à saúde.

Durante a coletiva, Wilson Lima afirmou que o Governo Federal vem acompanhando a situação da pandemia no Amazonas e o Ministério da Saúde vai enviar 40 respiradores e 100 monitores para abastecer a rede pública.

Foto: Divulgação/Secom