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Manaus – A apuração das notas das Escolas de Samba onde serão conhecidas as campeãs do Carnaval de Manaus 2024, acontece nesta segunda-feira (5), no  Centro de Convenções Profº Gilberto Mestrinho – Sambódromo de Manaus. Às 10h, acontece a apuração das notas das escolas de Acesso A e B e, às 14h, do Grupo Especial.

Neste ano, o calendário que abriu com os desfiles das escolas de samba, iniciou mais cedo.
Abrindo o desfile, a Unidos do Alvorada trouxe a causa do povo negro para a avenida. Com um enorme navio negreiro como primeiro carro alegórico, a escola desfilou o enredo “Adetutu – O Sonho de uma Mãe Africana”, inspirado na obra “Contos e Lendas Afro-Brasileiros – A Criação do Mundo”, de Reginaldo Prandi, o enredo contou a história da criação do mundo sob a ótica da cosmogonia africana.
Andanças de Ciganos começou seu desfile na Grécia Antiga para desenvolver o enredo “Sophia – A Arte da Sabedoria”, e terminou com um carro alegórico tecnológico, com telão de led, para mostrar até onde a inteligência e a sabedoria trouxeram a humanidade.
A terceira escola a realizar seu desfile foi a Vila da Barra, que homenageou em seu enredo a entidade Zé Pilintra, figura folclórica e espiritual muito conhecida nas tradições afro-brasileiras. A apresentação, inspirada na obra literária “Zé Pilintra: O Rei da Malandragem”, referenciou diversos elementos relevantes na história do personagem, com direito à roda de capoeira e fantasias retratando jogos como dados e cartas.
Reino Unido da Liberdade trouxe o enredo “Matriarcas”, que celebra o poder e a sabedoria das mulheres que exercem o forte papel de figuras maternas. O desfile apresentou em sua primeira alegoria a figura “Mãe Terra”, e deu continuidade ao espetáculo representando as mais diversas figuras de mães ao redor do mundo.
Atual bicampeã do Grupo Especial do Carnaval de Manaus, a Mocidade Independente de Aparecida desfilou em busca do tricampeonato. Com o enredo “O Madeira é Testemunha. A Floresta, o Berço. Luta, Suor e União para a Eternidade. Aparecida vem mostrar a Saga da Família Cidade”, a escola contou a história da família, aproveitando para exaltar a amazonidade de todas as famílias que migram do interior para a capital.
A Grande Família levou para a avenida um clamor pela preservação da fauna, da flora e dos povos nativos. Ao longo dos 70 minutos, a Gigante da Zona Leste, defendeu o enredo “Kianumaka-Manã – a Protetora da Floresta”. Com o saudosismo de quem perdeu no ano passado um dos maiores entusiastas e fundador da escola, Luiz Gilberto, a comunidade vermelha e branca saiu com garra em busca do título.
Penúltima escola a adentrar a Avenida do Samba, a Vitória Régia também levantou a bandeira da necessidade de preservação e reciclagem. Com o enredo “Arte e Magia, Samba e Reciclagem: Na Natureza Nada se Cria, Nada se Perde, Tudo se Transforma”, a Verde e Rosa entrou com os integrantes da Comissão de Frente caracterizados de árvore e continuou durante todo o desfile com alegorias e fantasias que utilizaram muitos materiais recicláveis.
A última escola a desfilar, na manhã de domingo, a Dragões do Império contou a saga do povo africano escravizado e clamou por liberdade. Estreante do grupo especial, a escola do bairro de São Jorge, levou para avenida o enredo, “Baobá-Rompendo as Correntes da Escravidão”, representada por carros alegóricos imponentes, alas coreografadas e fantasias representativas.
Com informações da assessoria