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Preços de combustíveis foram congelados na Argentina após derrota eleitoral de Macri

 O Governo da
Argentina formalizou, nesta sexta-feira (16), a decisão de congelar por 90 dias
o preço dos combustíveis, uma das medidas anunciadas por Maurício Macri para
atenuar os efeitos da crise financeira agravada nesta semana.
 Em um decreto publicado no Boletim Oficial, o
Executivo de Mauricio Macri definiu que as entregas de petróleo efetuadas no
mercado local durante os próximos 90 dias deverão ser faturadas e pagas ao
preço acertado entre as empresas produtoras e de refinamento no último dia 9.
 A legislação, que leva as assinaturas de Macri
e dos integrantes do Gabinete nacional, especifica que deve ser aplicada uma
taxa de câmbio de referência de US$ 45,19 e um preço de referência do Brent de
US$ 59 por barril.
 Trata-se da taxa de câmbio oficial que regia
no último dia 9, prévio à forte alta vivida pelo dólar no mercado cambial
argentino após a derrota sofrida pelo oficialismo nas primárias do último
domingo. A moeda americana fechou nesta quinta-feira cotada a 59 pesos.
 O decreto
relativo aos combustíveis especifica que as empresas produtoras de
hidrocarbonetos deverão cobrir o total da demanda de petróleo que lhes for
requerido pelas empresas refinadoras locais, fornecendo de maneira habitual e
contínua a todas as refinarias situadas no país para responder às necessidades
internas.
 Diminuição de impostos sobre cesta básica
 Nesta sexta-feira, o Executivo também publicou
no Boletim Oficial o decreto que estabelece a eliminação do imposto ao valor
agregado (IVA) até o fim do ano em uma série de produtos da cesta básica, uma
medida anunciada nesta quinta-feira por Macri.
 Os produtos desonerados são óleo de girassol,
arroz, açúcar, conservas de frutas, hortaliças e legumes, farinha de milho e de
trigo, ovos, leite, pão, massas secas, erva-mate, chá e iogurte, produtos sobre
os quais até agora pesava um IVA de 21%.
 A Administração Federal de Receita Pública
(AFIP) da Argentina publicou nesta sexta no Boletim Oficial três resoluções
pelas quais de maneira temporária será rebaixada a previsão tributária sobre a
receita dos assalariados e aposentados e sobre as pequenas e médias empresas.
Além disso, foram ampliados os planos de facilidades de pagamento de dívidas
com o Fisco.
 A AFIP disse em comunicado que começará a
aplicar o alívio tributário sobre os salários e as aposentadorias de forma
imediata, embora antes do final do ano fiscal, em março de 2020, a medida
necessitará de aprovação do Parlamento. O Fisco destacou que a modificação
beneficiará a 1,9 milhão de trabalhadores ativos e a 400 mil aposentados.
Fonte: R7
Foto: Juan Ignacio Roncoroni