A Polícia Civil do Piauí prendeu na manhã desta segunda-feira (08) a blogueira Maria Clara Sousa Nunes Bezerra, conhecida como Clarynha Sousah, 25 anos, suspeita de planejar e executar o esquartejamento de Silvana Rodrigues de Sousa, no dia 26 de junho, na zona Sudeste de Teresina.




Maria Clara Sousa foi presa na Vila da Guia, local onde a mãe mora. De acordo com o delegado Bruno Ursulino, a blogueira atuou como mandante e executora do crime. As investigações apontaram que ela atua como disciplina da facção criminosa do Primeiro Comando da Capital (PCC).
“Foi a Maria Clara que determinou que iam matar a Silvana. Depois que ela foi assassinada, se questionaram o que iriam fazer depois e a Maria Clara mais uma vez determinou que ela seria esquartejada e ocultariam o corpo”, explicou o delegado Bruno Ursulino, responsável pelo caso.
A participação de Maria Clara no crime, inclusive a presença dela no local do assassinato de Silvana, foi comprovada por uma imagem (acima) de Silvana no chão, já morta, em que é possível ver a perna de outra pessoa, e a tatuagem igual à da blogueira (abaixo, outra imagem mostra a tatuagem na perna de Maria Clara).
A blogueira, segundo o delegado Ursulino, tinha a função de “disciplina“. O chamado “disciplina” é um membro da organização que teria a função de castigar outros membros ou pessoas da comunidade que tenham infringido regras impostas pelo próprio grupo.

A vítima, Silvana
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Silvana Rodrigues de Sousa, de 21 anos, foi assassinada em uma casa na Vila da Guia, Zona Sudeste de Teresina — Foto: Reprodução
Silvana tinha 21 anos e morava sozinha na região onde foi morta. Conforme a família, a jovem tinha distúrbios mentais e chegou a fazer acompanhamento psicológico e psiquiátrico, fazendo uso de medicação. Há algum tempo, contudo, ela havia interrompido o tratamento.
A família notou o sumiço da jovem das redes sociais e acionou a polícia. Depois que o corpo foi encontrado, os familiares fizeram o reconhecimento.
Depois disso, ela passou a usar drogas e se tornou dependente. Segundo o delegado Bruno Ursulino, Silvana não pertencia a nenhuma facção e nem tinha nenhuma passagem pela polícia, mas tinha amizades com membros e teria comprado drogas com eles em algumas oportunidades.