TCE

A prostatectomia é um procedimento considerado curativo, em grande parte dos casos de câncer de próstata e de hiperplasia prostática benigna (HPB – crescimento anormal da próstata). Atualmente, é realizada por meio de abordagens minimamente invasivas, as chamadas videolaparoscopias. Esse tipo de cirurgia consiste na retirada parcial ou total da próstata, garantindo mais qualidade de vida aos homens e, se feita precocemente, a retomada da vida sexual sem prejuízos, explicou o urologista Giuseppe Figliuolo.

De acordo com Figliuolo, há algumas décadas, o grande medo dos homens durante o tratamento das doenças da próstata era voltado à possibilidade de ficar impotente. Hoje, com o avanço nas técnicas cirúrgicas, é possível evitar esse tipo de sequela, em grande parte dos casos. Além disso, as cirurgias não são, necessariamente, procedimentos invasivos e de difícil recuperação.

A prostatectomia radical, seja ela por vídeo ou convencional, ainda é a principal indicação para o tratamento do câncer de próstata localizado, aquele tipo da doença que não se espalhou para outras partes do corpo. Nesses casos, os diagnósticos são feitos de forma precoce, a partir de exames de rotina e visitas anuais ao urologista, a partir dos 50 anos. No procedimento, ocorre a retirada de toda a glândula prostática, vesículas seminais e outros tecidos, em alguns casos.

A próstata faz parte do sistema reprodutor masculino. É uma glândula responsável pela produção do sêmen, líquido que protege os espermatozoides. A retirada dela, por meio de videolaparoscopia, consiste na abertura de pequenas incisões, de dois centímetros, geralmente, para a introdução de pinças e de uma microcâmera que ajuda a guiar a cirurgia.

A retirada ocorre de forma rápida, sem sangramento e a alta hospitalar é feita em poucos dias, dando ao homem a chance de retornar às atividades do dia a dia rapidamente.

“A vantagem desse tipo de procedimento é que o paciente sente menos dor no pós-cirúrgico, não tem um tempo de recuperação prolongado como ocorre na cirurgia convencional, cuja incisão é muito maior, e tem as mesmas chances de cura”, destacou Figliuolo, que atua no Urocentro Manaus.


 No entanto, o professor-doutor ressaltou que a indicação da videolaparoscopia atende a alguns critérios. Nos casos de cânceres pélvicos, o estadiamento (a extensão) da doença é levado em consideração.


Se o tumor for maior que o esperado ou gerar metástase (atingir outros órgãos, de forma secundária), a indicação é de abordagens como a cirurgia convencional ou radioterapia, por exemplo.


 A idade do paciente, a condição clínica e a psicológica também são avaliadas, uma vez que a doença atinge, na maioria das vezes, homens com idade superior a 60 anos.

Já nos casos de hiperplasia prostática benigna, o tamanho da próstata é avaliado. Se o crescimento estiver comprometendo, por exemplo, o aparelho urinário, pode haver indicação cirúrgica. Mas, há casos em que a doença é tratada apenas com medicamentos e acompanhamento periódico.


 “O importante é reforçar que, quanto mais cedo as doenças da próstata são diagnosticadas, menos invasivos são os tratamentos e maiores são as chances de cura”, concluiu o especialista.

de: https://www.portalmarcossantos.com.br/2020/03/06/cirurgia-por-video-e-indicada-para-tratamento-das-doencas-da-prostata-diz-urologista/