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Em 2001, Márcia Chagas Maciel de Araújo trocou o expediente bancário pelo ambiente policial. Com 54 anos e quase 20 de carreira como policial civil, a delegada abriu as portas da sua residência e revelou a intimidade por trás da autoridade.

Antes de ingressar nas fileiras da Polícia Civil do Estado do Amazonas, Chagas chegou a cursar faculdade de Letras, pois tinha desejo e sonhos de ensinar e ser autoridade dentro das salas de aulas, entretanto o destino foi diferente.

“Cheguei a cursar Letras, mas na época vi que iria ganhar muito pouco como professora, era um sonho meu, mas financeiramente não era bom, então fiz concursos e trilhei outros caminhos”, relembra.

Mudança de Vida

A delegada, hoje aposentada, prestou concurso para a Caixa Econômica Federal e durante 11 anos trabalhou como bancária, tendo sua última nomeação dentro da instituição como gerente jurídica.

“Eu trabalhei muito no banco, eram 12, até 14h horas por dias, naquela época, em 1991, era muito difícil ser bancária, então com o passar dos anos fui ficando descontente com a profissão e resolvi mudar, fiz outros concursos”, conta.

Dentro os órgãos que prestou concurso, Márcia passou para a Polícia Civil do Amazonas, onde atuou por diversas delegacias, entre as principais e que marcou sua trajetória a Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM).

“O aprendizado foi muito importante. O que eu vi na delegacia da mulher foi dramático. Eu tinha medo de trazer o ambiente pra casa. E varias vezes me ajoelhei e agradeci a deus a minha família, por estar ali fazendo esse trabalho”, explica.

Perfil

Membro da diretoria da Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Amazonas (ADEPOL-AM), delegada Márcia Maciel, tem um perfil tranquilo, é casada, mãe de dois filhos, um é artista, outro advogado, gosta de ouvir música, ler em sua biblioteca dentro e “maratonar” séries de televisão.

“Eu sou uma pessoa tranquila, gosto de tomar um vinho, correr, sou uma pessoa que tem vários interesses, a vida é uma dádiva e temos que aproveitar o máximo, preciso estar no meu melhor para poder usufruir tudo isso. Estou muito feliz com a pessoa que me tornei. A vida foi muito boa, tive que trabalhar muito pra ter essa vida”, finaliza.

Foto: Ribamar Xavier