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O Comando Vermelho (CV) montou uma espécie de “central telefônica” para prestar apoio a Rogério da Silva Mendonça e Deibson Nascimento, os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Os criminosos forneceram chips e celulares à dupla para tentar dificultar o rastreamento do setor de inteligência da Polícia Federal.

Mesmo com o aparato montado pela facção, a PF conseguiu identificar uma rede de contatos e estabelecer o perímetro onde poderiam estar os fugitivos. No momento em que foram abordados nesta quarta (4) por agentes da corporação, Rogério e Deibson portavam oito celulares.

Durante a fuga, os líderes do CV ainda forneceram apoio logístico, escolta, armas e dinheiro à dupla e ainda enviaram uma mensagem a outros membros da facção dizendo que “quem está com eles não será abandonado”.

Momento em que fugitivos de Mossoró (RN) são presos por agentes da PF e PRF. Foto: Reprodução

Os dois foram “adotados” pelo CV do Rio de Janeiro após rompimento com o braço da facção no Acre. Deibson é um dos fundadores do setor no Norte do país, sendo registrado como “03”, e foi jurado de morte após acusação de traição para supostamente criar uma nova organização criminosa.

Ao menos seis pessoas foram presas por auxiliar na fuga da dupla, incluindo um homem que os resgatou em área rural de Mossoró e transportou para uma região próxima a Baraúna, cidade que faz divisa com o Ceará. A suspeita da PF é que ele tenha recebido R$ 4,5 mil para o serviço.

Rogério e Deibson escaparam da prisão em Mossoró em 14 de fevereiro, a primeira fuga de uma penitenciária federal na história. Eles foram procurados por 51 dias e encontrados próximo a Marabá, no Pará, quando tentavam fugir do Brasil.

Com informações Metrópoles