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Os alunos finalistas dos cursos de Medicina, Enfermagem e Odontologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) terão a colação de grau antecipada para o mês de janeiro. A resolução foi assinada na quarta-feira (13) pelo reitor da UEA, Cleinaldo de Almeida Costa. Medida tem o objetivo de ajudar o sistema público de saúde durante a crise de Covid-19 em Manaus.

“Todos os alunos aptos para a outorga de grau já concluíram 80% do curso. Os novos profissionais começarão a atuar ainda esse mês de janeiro na rede pública de saúde, para somar esforços no enfrentamento à pandemia”, destacou o reitor.

A antecipação das colações têm como base a Lei Federal nº 14.040, de 18 de agosto de 2020, que orienta as instituições de Ensino Superior a abreviarem a duração dos cursos, obedecendo às regras, desde que os alunos tenham cumprido 75% da carga horária. Cleinaldo destaca ainda que os alunos que irão se formar complementarão por 180 dias as suas atividades no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Estamos processando cálculos e notas para a emissão dos diplomas. É uma iniciativa da UEA para auxiliar na pandemia e é urgente. Essa é uma modesta contribuição nossa e o que podemos oferecer à comunidade neste momento tão difícil. É a UEA junto com a população nesta luta”, finalizou.

Crise de Covid-19 em Manaus

Manaus registrou 198 enterros, na quarta-feira (13), e bateu recorde de sepultamentos diários pelo quarto dia consecutivo. Desse total, 87 enterros tiveram a causa declarada como Covid-19.

A capital voltou a sofrer com hospitais e cemitérios lotados por conta de um novo surto da Covid. Cumprindo agenda na cidade, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou Manaus terá prioridade na vacinação, que deve começar ainda em janeiro.

Até esta quarta-feira (13), mais de 219 mil pessoas foram infectadas pela Covid em todo o Amazonas, e mais de 5,8 mil morreram com a doença. Em Manaus, o número de mortes passa de 3,8 mil.

A última vez que Manaus teve tantos enterros, de causas em geral, foi em 26 de abril, com 140 registros (com dados apenas de espaços públicos). Na época, o estado enfrentava a primeira onda da doença, e sofreu colapsos no sistema público de saúde e funerário.

Neste mês de janeiro, o número de novos internados com a Covid já é o maior desde o começo da pandemia, com dados de apenas 12 dias. O recorde de sepultamentos diários também foi quebrado 4 vezes neste mês.

  • 10 de janeiro: 144 enterros
  • 11 de janeiro: 150 enterros
  • 12 de janeiro: 166 enterros
  • 13 de janeiro: 198 enterros

De acordo com a prefeitura, nesta quarta-feira, 143 enterros aconteceram nos espaços públicos e 55 em cemitérios privados. Entre as causas das mortes, 87 foram declaradas como Covid.

O município informou, ainda, que houve o registro de 26 óbitos em domicílio e que, do total de sepultamentos nos cemitérios públicos neste dia, 22 foram atendidos pelo serviço SOS Funeral, coordenado pela Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc).

Foto: Gerson Freitas/Ascom UEA