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O dia 26 de junho foi instituído como o Dia Internacional de Combate às Drogas, para promover debates e conscientizar a sociedade acerca do consumo dessas substâncias, que geram impacto negativo à saúde pública. Em alusão à data, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) ressalta o trabalho realizado pelo Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc) que, nos primeiros meses deste ano, já tirou de circulação metade das seis toneladas de drogas apreendidas no ano de 2020.

O Denarc foi criado no dia 4 de abril de 2015, com objetivo de atuar na prevenção e repressão aos crimes de tráfico e uso indevido de substâncias entorpecentes em todo o Amazonas.

De acordo com o delegado Paulo Mavignier, diretor do Denarc, a unidade policial opera no combate ao narcotráfico em sua origem, ou seja, no momento do transporte das drogas, de forma que impeça esses produtos ilícitos de chegarem aos locais de distribuição e comercialização, como bocas de fumo.

Atualmente, o maior campo de atuação do Departamento ocorre no interior do estado, principalmente nos municípios que fazem fronteira com o Peru e a Colômbia, países considerados como uns dos maiores produtores de maconha e de cocaína. Entre essas localidades de atuação, estão os rios Iça e Japurá, onde ocorre o transporte intenso de maconha do tipo skunk, e também no Alto Solimões, por onde são transportadas a cocaína, pasta base da substância e skunk.

O Denarc também atua na investigação das drogas sintéticas, efetuando a apreensão de ecstasy e LSD, em festas e baladas da cidade, principalmente em flutuantes, entre pessoas de classe média e classe média alta.

“As apreensões de droga se superam a cada ano, e isso é resultado do amadurecimento e comprometimento dos profissionais e, também, da integração das forças de segurança do Estado”, enfatizou a autoridade policial.

No Amazonas, a droga mais apreendida é a maconha do tipo skunk, considerada como ‘super maconha’, em seguida temos a apreensão de cocaína e de pasta base da mesma substância. Em relação aos indivíduos detidos, a maioria é do sexo masculino, com idades entre 20 a 40 anos.

Segundo Mavignier, o narcotráfico é o maior propulsor das organizações criminosas, e isso culminou em vários problemas sociais. Portanto, quando a polícia retira as drogas de circulação, evita-se que os grupos criminosos consigam mais dinheiro para manter suas organizações, fazendo com que eles recrutem menos pessoas e comprem menos armas para fomentar a guerra urbana por poder.

“Então essa é uma forma muito eficaz de combater as drogas, pois ao atacarmos a parte logística do narcotráfico, do transporte de armas e drogas, evitamos seu crescimento”, finalizou Mavignier.