TCE

 Aproveitando
a comemoração pelo Dia Internacional dos Direitos Humanos, nesta terça-feira
(10), o deputado federal Capitão Alberto (Republicanos/AM) usou as redes
sociais para expressar seu apoio aos policiais militares que, em todo Brasil,
lutam para garantir os proventos de sua família e, muitas vezes, são
hostilizados por uma parcela da população que insiste em denegrir a imagem da
corporação.
 No
artigo publicado na internet, o parlamentar amazonense traça uma reflexão sobre
o artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos que diz que “Todos os
seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”, e ressalta os
problemas enfrentados pela categoria no país onde mais se mata policiais em
todo mundo e que sofre com alta incidência de suicídios entre os agentes da segurança
pública.
 “É
importante ressaltar que a Declaração, já em seu início, esclarece que o
conceito de direitos humanos se aplica a todos os indivíduos; todos, eu repito,
sem nenhum tipo de distinção. Parece até exagero chamar a atenção para esse ponto. 
 Mas,
infelizmente, no Brasil de hoje, tamanha é a inversão de valores, que os
direitos humanos só são invocados na hora de proteger criminosos. Já aqueles
que estão na linha de frente do combate ao crime, como os policiais militares,
são deixados à própria sorte, assim como as suas famílias.
 Isso
se deve, em larga medida, a uma verdadeira campanha de difamação do trabalho da
Polícia Militar, que vem sendo levada a efeito há bastante tempo em nosso País,
e que resultou na imagem negativa vivida pela Corporação. Não nego que existam
problemas, bem como maus policiais. Mas exemplos negativos como esses podem ser
observados em qualquer outra instituição.
 É
inaceitável, entretanto, que as atitudes de uma minoria, constituída por maus
elementos que desonram a farda, manchem a reputação de todo o grupamento. 
 No
Brasil inteiro há mais de 400 mil policiais militares. Eles são, antes de tudo,
cidadãos, irmanados aos demais membros da sociedade em direitos e deveres. 
 Eles
têm famílias e, para sustentá-las, experimentam as mesmas dificuldades
enfrentadas pelos outros brasileiros.
 Diferente
da maior parte da população, contudo, os policiais militares estão expostos
diariamente a uma atividade de alto risco. Eles são os primeiros a serem
chamados em situações de conflito. Estão presentes tanto em áreas nobres quanto
em regiões da periferia onde em muitos casos são os únicos representantes do
poder estatal.
 E
exercem essas funções, em muitos casos, apesar de não dispor de condições
adequadas de trabalho. É notória a precariedade de seus armamentos e
equipamentos, quando confrontados com o poder de fogo das organizações
criminosas que têm de combater.
 Muita
gente talvez não saiba que o Brasil é um dos países onde mais se matam
policiais em todo o mundo. Nos últimos 20 anos, aproximadamente 10 mil foram
mortos, ou seja, em média, cerca de quinhentos por ano. Como, a cada morto,
estima-se que correspondam três feridos, chega-se à terrível estatística de 30
mil feridos neste período de duas décadas.
 Nessas
circunstâncias, não é absurdo dizer que há uma guerra civil em andamento em
nosso País. Assim, não espanta que haja tantos casos de distúrbios psicológicos
envolvendo policiais, os quais se manifestam de diversos modos: tanto por meio
de atuações violentas quanto de suicídios. Para se ter uma ideia, o número de
policiais militares do estado de São Paulo que tiraram a própria vida cresceu
84% entre 2017 e 2018.
 Ora,
em qualquer sociedade civilizada, o Estado confere à polícia a atribuição de
usar a força para manter a segurança pública. E procura lhe assegurar os meios
de desempenhar a sua função a contento.
 Aqui
no Brasil, os policiais convivem diariamente com os piores dramas humanos e são
mandados para verdadeiros campos de batalha. 
 Muitas
vezes, não contam com treinamento, nem armas, nem equipamento apropriado, nem
com suporte psicológico para enfrentar sua bárbara rotina. Não só eles sofrem,
mas também as famílias, constantemente amedrontadas pela possibilidade de que
eles sejam feridos ou mortos no cumprimento do dever.
Fonte:  Assessoria de Imprensa do Dep. Capitão Alberto
Neto
Foto: Divulgação