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Parece que Anitta vai terminar 2019 com uma dor de cabeça. A cantora deve receber um processo após lançar uma bebida com o nome de “Skol Beats 150 BPM”, marca registrada do DJ Polyvox, produtor musical, criador da batida.

No Instagram, o DJ lançou uma carta aberta aos fãs e seguidores, falando sobre o processo que moveu contra a Ambev, empresa responsável pela comercialização da nova bebida, e garantiu que pretende entrar com um processo separado contra a cantora.
“Alguns anos atrás fui o criador do movimento 150 BPM. Ouvia meu filho bater incansavelmente numa garrafa e entendi que aquilo poderia virar música! Captei aquele ritmo, descobri o compasso e mixei com outros instrumentos e saiu o primeiro funk com 150 batidas por minuto”, relembra.
“Foi um sucesso e fiquei conhecido pela minha criação. Até tatuei 150 no braço. O caso é que a Anitta e a Ambev criaram um produto novo com o nome do ritmo”, conta. DJ Polyvox explica que o diretor de clipes Kondzilla ainda entrou em contato com ele para gravar um vídeo sobre a origem dos 150 BPM, mas não o avisou que seria um comercial publicitário. “Não assinei contrato nenhum, não autorizei nada”, garante.
Foi então que, junto com sua advogada, Polyvox entrou com um processo contra a Ambev e Kondzilla. O processo, de número 1129258-76.2019.8.26.0100, tramita na Comarca de São Paulo e defende que o nome idealizado pelo DJ está sendo usado sem autorização para publicidade. 
Na decisão mais recente, divulgada no sábado (21), o desembargador Natan Zelinschi de Arruda entendeu que a marca “150 BPM” está vinculada diretamente ao DJ e, como consta na embalagem da bebida sem autorização, deve ter a publicidade retirada do ar. O magistrado ainda pediu que Ambev e Kondzilla sejam intimidas sobre a decisão para entrar com recursos.
Polyvox afirma que ainda pretende processar Anitta separadamente pelo caso. “Ela diz que a autoria do produto como um todo é dela. Como pode ser dela se eu criei o movimento? Igual fez com a Ludmilla”, dispara o DJ, em referência a briga por direitos autorais entre Anitta e Lud pelo hit Onda Diferente.
“Não quero de forma alguma crescer ou me promover em cima da fama de alguém! Me usaram e me excluíram de tudo. Acha que não gostaria de ser sócio de um produto da maior empresa da América Latina?”, pergunta Polyvox. 
“Infelizmente o favelado aqui ganhou voz e não só dou fé em cada palavra desse texto como também tenho como provar. A favela agora pede justiça. Só porque sou negro, favelado e analfabeto não significa que eu seja burro”, conclui o DJ.
Fonte Glamour