TCE

 Nos últimos cinco meses, 350 empresas simples
de crédito (ESCs) foram criadas no país, uma média de duas por dia. O novo
modelo de pessoa jurídica, espécie de microfinanceiras locais, autorizado por
lei desde, possibilita aos proprietários de micro e pequenas empresas obter
crédito com juros mais baixos e menos burocracia. Os dados são do Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
 Segundo a Frente Parlamentar Mista das Micro e
Pequenas Empresas, o novo modelo deve injetar cerca de R$ 20 bilhões por ano
nos pequenos negócios e na economia do país. O balanço apresentado pelo Sebrae
mostra que apenas dois estados ainda não possuem esse novo modelo de negócio:
Acre e Rondônia ainda não contam com nenhuma ESC.
 São Paulo, onde foi criada a primeira empresa
dessa natureza, lidera o ranking com 121 ESCs em operação. Paraná vem na
segunda colocação (28), seguido de Minas Gerais (26), Santa Catarina (25) e Rio
Grande do Sul (23).  
 O balanço mostra que o capital total de todas
as ESC no Brasil é de R$ 168 milhões, sendo o menor de R$ 4 mil e o maior de R$
10 milhões. De acordo com o levantamento, o aporte mais frequente nesse tipo de
financeira local é de R$ 100 mil.

 Meta é de mil empresas até o ano que vem

 A expectativa do Sebrae era de que o número de
empresas chegaria a 300 até o fim de 2019. A meta é somar mil empresas até
2020.
 “Assim como a criação do Microempreendedor
Individual (MEI) e do Simples Nacional, a Empresa Simples de Crédito foi uma
das grandes vitórias dos pequenos negócios, que agora têm um acesso mais fácil
ao crédito, sem a burocracia das instituições financeiras e os juros altos”,
disse o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
 Segundo o Ministério da Economia, pessoas
físicas podem abrir uma ESC em suas cidades e emprestar dinheiro para pequenos
negócios, como cabeleireiros, mercadinhos e padarias. Não há exigência de
capital mínimo para a abertura da empresa, mas a receita bruta anual permitida
é de no máximo R$ 4,8 milhões, vedada ainda a cobrança de encargos e tarifas.
 Conforme pesquisa do Sebrae realizada em 2018,
só 14% dos pequenos negócios tomaram novos empréstimos em bancos tradicionais.
O levantamento também indicou que 61% avaliam que o serviço é ruim ou muito
ruim, sendo a pior avaliação dos últimos seis anos. A principal dificuldade para
47% dos entrevistados é a taxa de juros muito alta.
Fonte:  Agencia Brasil
Foto:  Marcello Casal Jr.