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Como forma de superar a crise causada pelo covid 19, os profissionais de arquitetura e urbanismo do Amazonas, precisaram se adaptar à nova realidade da quarentena que foi decretada há três meses. Por todo o estado muitos escritórios adotaram o teletrabalho como alternativa para que este período de reclusão não prejudicasse o andamento das atividades.
Para a arquiteta e urbanista Cristiane Sotto Mayor, que empreende há 20 anos neste seguimento, conta que as primeiras medidas adotadas como forma de adaptação à nova realidade foi a de home office para os 6 funcionários que colaboram no seu escritório.
“A partir do dia 23 de março, passamos a trabalhar em home office, compartilhando pelo icloud os arquivos do escritório. Em termos do dia a dia, tentei manter a mesma forma de controle administrativo que fazia no escritório, ou seja, fazendo reuniões com todos via zoom, onde há a possibilidade de mostrarmos em imagens os projetos e estudos a serem alterados”, explica Cristiane.
Ainda segundo a arquiteta como seu escritório atua na legalização de empreendimentos de obras públicas o trabalho não pôde parar. “Continuamos com datas de entregas a serem obedecidas e análise da produtividade de cada um”, e ainda afirma que o maior desafio é o de manter o fluxo de entregas de projetos ativo.
“Em termos de serviços continuamos com nossa produtividade tranquilamente e quanto aos pagamentos e recebimentos tivemos também que fazer um contingenciamento visando passar toda essa tempestade. Nessa hora vale muito a criatividade de cada um, estou em contato com outros escritórios parceiros, tentando criar formas alternativas de “vender” nosso principal produto que são os projetos e estudos de arquitetura e urbanismo. E neste ponto essa pandemia fez com que arrumássemos tempo para pensar ainda mais fora da caixa. E no nosso caso, foi sensacional”, assegurou Cristiane.
Segundo o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amazonas (CAU/AM) Jean Faria, afirma que o momento é uma oportunidade do profissional repensar a sua forma de trabalho e até de se reinventar.
“Essa pandemia está mudando a relação entre escritórios e clientes. A partir de agora será muito mais comum, profissionais realizarem reuniões e consultorias online e parcerias em projetos, por exemplo. É preciso pensar fora da caixa e gerar novos negócios”.
Entre as mudanças que a pandemia trará para o mundo será na adaptação da arquitetura e urbanismo nas cidades, para o presidente do CAU/AM Jean Faria, reconhece que locais como bares e restaurantes precisarão ser redimensionados.
“Ainda não sabemos quais as mudanças concretas que a pandemia influenciará nos próximos projetos de arquitetura e urbanismo. O fato é que neste momento está influenciando. Há mercados que começaram a instalar barreiras de acrílico para a proteção dos colaboradores, isso é uma forma de mudança que talvez fique definitivo”, admitiu Jean.
CAU/AM
Com 1.917 profissionais registrados ativos o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amazonas (CAU/AM), está funcionando em regime de teletrabalho desde 23 de março. E experimenta uma nova forma de gerenciar as ações de orientação, disciplina e fiscalização do exercício da profissão de arquitetura e urbanismo no estado.
Há pouco menos de dois meses decorridos de isolamento social o CAU/AM já realizou mais de 358 atendimentos remotos, entre eles: fiscalização, processos jurídicos, financeiros e demandas internas das comissões, contudo o conselho continua a prestar normalmente seus serviços aos profissionais e empresas de Arquitetura e Urbanismo.
Entre as medidas adotadas para minimizar as dificuldades financeiras que o arquitetos e urbanistas e suas empresas estão enfrentando o presidente do CAU/AM Jean Faria informa a mudança no vencimento da anuidade e do Programa de Refinanciamento de Débitos de Anuidades do CAU (REFIS).
“É evidente que há impactos na queda da atividade econômica do país no setor da Arquitetura e Urbanismo, por isso, seguindo as decisões do CAU/BR, foi prorrogada para 31 de julho o vencimento da anuidade sem a cobrança de encargos e multas, e quanto ao Programa de Refinanciamento de Débitos de Anuidades do CAU (REFIS), o vencimento foi prorrogado por 60 dias a partir de março”, comunicou Jean Faria.
Texto: Jean Holanda (CAU/AM)