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Manaus – Durante a Sessão Plenária desta quarta-feira (08), o vereador Sassá da Construção Civil (PT), foi citado no discurso do vereador Daniel Vasconcelos (PSC) que indagou sobre a demora do governo federal para a escolha do novo superintendente da Suframa. Ao responder ao colega, Sassá, que faz parte do partido do presidente Lula, não botou panos quentes e, entre outras coisas, disse que a demora faz parte do jogo político.

“A Suframa, desde os governos passados, não é de agora, é um jogo político. Tem que indicar um padrinho para assumir a Autarquia. Foi assim no governo do Collor de Mello, do José Sarney, do Fernando Henrique, e do Bolsonaro… Seja quem for, do Lula, da Dilma, tem que ter um padrinho político. E quem perde com isso é o povo de Manaus. Eles não colocam alguém profissional que entenda. Botam o padrinho político lá dentro”, criticou o parlamentar.

Sassá continuou o discurso sem botar panos quentes. Ele comparou os números de arrecadação do Polo Industrial de Manaus (PIM) que bateu recorde ano passado, mas em compensação, o trabalhador sofre com a falta de garantias.

“A Zona Franca de Manaus (ZFM) arrecadou no ano passado R$161 bilhões e o trabalhador fica lá sendo massacrado. Os empresários firmam acordos de dois meses e o trabalhador sai sem direito ao décimo terceiro e sem o seguro desemprego”, disparou o parlamentar.

Para finalizar o assunto Suframa, o vereador Sassá criticou indiretamente, o senador Plínio Valério (PSDB).

“E no lugar de um senador que nós elegemos aqui, no lugar dele tá pedindo apoio para a Zona Franca, vai lá na cadeia visitar os golpistas, os pilantras, os bandidos. Porque o que fizeram dia 8 de janeiro, tanto faz ser esquerda ou direita. É bandido. E quem apoia bandido é bandido”, afirmou Sassá.

Outros temas

O parlamentar também citou outros assuntos polêmicos durante a mesma sessão. Ele lembrou, por exemplo, a agressão de um funcionário da Amazonas Energia contra uma mulher que estava filmando a instalação dos medidores aéreos e lembrou que cabe à justiça impedir confrontos em que de um lado temos população e de outro a Amazonas Energia medindo força, literalmente.

Sassá também se comprometeu a encontrar uma saída para ajudar os motociclistas de aplicativos da capital. “Sou a favor do trabalhador do aplicativo sim, mas essa Casa tem que tomar uma posição. Vou cobrar o que é certo. Então, o que a gente quer é que tudo se ajuste”, afirmou Sassá.

O parlamentar também lembrou, mais uma vez, que a proposta de criar a CPI da Águas de Manaus ainda depende de duas assinaturas e cobrou os colegas que ainda não assinaram o documento.

“Então eu queria fazer um apelo aqui aos nossos colegas, vamos botar essa empresa para ir embora de Manaus e botar uma empresa que tenha compromisso com o povo da cidade e cobre uma taxa que seja justa com as pessoas. Então, aqueles que assinaram, parabéns. Aqueles que não assinaram, a partir da semana que vem, alguns colegas nossos podem ficar com raiva de mim, mas eu vou fazer um ao vivo pra mostrar pro povo quem vai assinar e quem não assina”, finalizou o vereador.