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Ao que tudo indica, a Imperatriz Leopoldinense deu ouvidos aos torcedores e integrantes e optou por colocar no posto de rainha de bateria uma passista da própria comunidade. Maria Mariá assume a coroa, que foi de Iza nos últimos dois carnavais e quasde foi parar na cabeça de Dandara Mariana.

Segundo a assessoria da atriz, foi ela quem declinou do convite feito pela presidente da agremiação, Cátia Drummond, por conta de “Travessia”, na qual vive a ardilosa Talita. Mesmo podendo realizar o sonho de reinar à frente dos ritmistas da verde e branco de Ramos, Dandara teve receio de se comprometer e não honrar com o que o cargo exige: presença.

O mesmo já tinha acontecido com Iza, que por causa de uma agenda apertada esteve raramente na quadra da Imperatriz, deixando a escola descontente, apesar do retorno de mídia. Dandara não quis repetir a história e “se queimar”. Este ano ela desfilou como musa do Salgueiro e deverá retornar à escola tijucana.

Muitos apostavam no nome de Carmen Mondego, musa da Imperatriz, como a rainha do próximo ano. Maria Mariá, no entanto, correu por fora e conseguiu a faixa, agradando ambos os lados – comunidade e comissão de carnaval.

Em seu primeiro ano na agremiação, que volta ao Grupo especial em 2023, Leandro Vieira, ex-Mangueira e atual carnavalesco da Imperatriz, sempre defendeu que a rainha tivesse uma história com a escola.

Maria Mariá tem. A estudante de 20 anos é moradora do Complexo do Alemão e se torna a rainha de bateria mais jovem que já passou pela Imperatriz, que durante anos teve Luiza Brunet e Cris Vianna como suas majestades.

Ela fez parte da ala mirim da escola e, até o último carnaval, era da ala de passistas. A nova rainha cursa Comunicação Social na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ).

“A alegria de ser uma mulher preta, favelada, atleta, universitária de uma faculdade federal e do CPX carrega a gana e a vontade de representar tudo que a escola merece”, decreta a nova rainha, que também é faixa preta de taekwondo.

Fonte: Extra