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A polícia federal na manhã desta quinta-feira (29), realizaram a operação para desarticular um grupo suspeito de atuarem na produção e comercializam de fotos e vídeos de crianças na faixa etária dos 4 anos e adolescentes em várias poses sensuais e até mesmo eróticas, sendo direcionados a pedofilia em sites para o exterior, no caso da deep web ou como e conhecida “web profunda” na tradução livre.

O fotógrafo principal do grupo foi preso em Balneário Camboriú, no litoral norte, a PF relata que o homem é suspeito de comercializar as imagens, praticar crimes sexuais e de que persuadir as vítimas a trocarem de roupa em seu carro a caminho de seu estúdio. No total, segundo as investigações, mais de 120 crianças e adolescentes brasileiras, com idades variadas entre 4 e 18 anos, foram identificadas até o momento.

Encaminhado para a delegacia de Itajaí para prestar depoimento, já estava sendo investigado pela polícia Civil catarinense, depois que uma das modelos vítima do mesmo, relatou que havia fotos suas à venda, sem a autorização na internet. As investigações sobre o caso tiveram o apoio da Interpol e da agência norte-americana de segurança, a Homeland Security Investigation (HSI).

Com a prisão, sequestro e bloqueio de bens, está sendo cumprido 10 mandados de busca e apreensão, toda a ação está ocorrendo nos endereços da organização que fica situada em Balneário Camboriú, Santana do Paraíba (SP) e nas capitais e estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Itajaí, no Litoral Norte, segundo relatos da polícia federal, 10 pessoas foram indiciadas na ação, mas não especificaram que crimes foram cometidos e quais os envolvidos irão responder, apenas listou as infrações.

Na medida de suas participações, os indiciados poderão responder pelos crimes citados, tipificados em Lei e no Estatuto da Criança e do Adolescente”, disse, a nota da PF.

  • Organização criminosa;

  • Violação sexual mediante fraude;

  • Importunação sexual;

  • Assédio sexual;

  • Registro não autorizado da intimidade sexual;

  • Disponibilização de material pornográfico;

  • Estupro de vulnerável.

Segundo relatos da Pf os crimes já vinham ocorrendo desde de 200, convencendo as garotas a serem filmadas e fotografadas com roupas de banho e sem peças íntimas, com promessas que todo o material coletado seria utilizado para agenciamento de modelos, nos trabalhos de moda e publicidade, fazendo as vítimas acredita que as fotos seriam exigência das empresas, mas no caso as imagens eram vendidas na internet para sites internacionais.

A investigação ressaltou que nomes e perfis de redes sociais eram todos comercializados na deep web, em países como República Tcheca, Estados Unidos e Rússia. Todas as imagens eram comentadas e compartilhadas por pessoas que expressavam seus interesses em abuso sexual infantil e até mesmo fazer contato com as vítimas.

Os duzentos mil arquivos de imagens e vídeos estão todos em análise pelo serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da Policia Federal (SERCOPI) em Brasília. Toda a ação de investigação conta com o apoio do escritório da Interpol em Lyon, na França, onde as imagens foram catalogadas.

‘A comercialização das imagens aconteceu por muitos anos, por diferentes meios de pagamentos, como cartões de crédito, transferências internacionais e, mais recentemente, também por criptomoedas”, informou a polícia.

Fonte: Portal tucumã