A Justiça de São Paulo condenou Jonathan Messias Santos da Silva a 14 anos de prisão em regime fechado pela morte da torcedora Gabriela Anelli, de 23 anos, ocorrida em julho de 2023. A jovem foi atingida no pescoço por estilhaços de uma garrafa arremessada por Jonathan durante um confronto entre torcedores do Palmeiras e do Flamengo. A decisão foi tomada por maioria dos jurados e ainda cabe recurso.
O crime foi classificado como homicídio doloso com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. A investigação do DHPP confirmou que Gabriela morreu após sofrer duas paradas cardíacas, dois dias depois do incidente. O Ministério Público apresentou diversas provas, como imagens de drones, reconhecimento facial e até a reconstituição do local do crime, e afirmou que não havia dúvidas sobre a autoria.
Durante o julgamento, Jonathan admitiu ter arremessado a garrafa, mas disse não saber se foi dela que partiram os estilhaços que atingiram Gabriela. Ele declarou que tentou conter o tumulto, mas perdeu o controle após também ser atingido. A juíza responsável reduziu a pena com base no fato de Jonathan ser réu primário, ter bons antecedentes e ter confessado o ato.
A família de Gabriela, profundamente abalada, viajou de Curitiba a São Paulo para acompanhar o julgamento. Os pais e a avó relataram o quanto a jovem era alegre, comunicativa e apaixonada pelo Palmeiras. A avó lembrou com carinho dos contatos frequentes com a neta e afirmou que a presença da família no tribunal foi motivada pelo desejo de justiça.


