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“Acho que seria bom que os poderes Executivo e Legislativo chegassem a um caminho sobre este tema. Para que ele não fique sem solução e o Poder Judiciário tenha que resolver e, depois, fiquem todos reclamando que o Judiciário o resolveu”, disse Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quer propor ao Congresso Nacional e ao governo federal construam, conjuntamente, uma proposta que estabeleça restrições a quem se negar a tomar a vacina contra a Covid-19. A declaração foi proferida na segunda-feira (2) durante live realizada pelo jornal Valor.

“Acho que seria bom que os poderes Executivo e Legislativo chegassem a um caminho sobre este tema. Para que ele não fique sem solução e o Poder Judiciário tenha que resolver e, depois, fiquem todos reclamando que o Judiciário o resolveu”, disse Maia.

Embora Maia não tenha manifestado apoio à obrigatoriedade de tomar a vacina, ele disse que é possível se pensar em medidas que desestimulem as pessoas a deixarem de tomar a vacina que for aprovada pela Anvisa.

“Este debate sobre obrigatoriedade tem que ser feito com todo cuidado. Tem alguns caminhos com os quais não é preciso obrigar, mas [pode-se] restringir o acesso a alguns equipamentos públicos”, afirmou, citando o exemplo de países que proíbem que crianças não vacinadas contra doenças frequentem as escolas.

O presidente da Câmara defendeu a capacidade técnica da Anvisa e comentou a polêmica em torno da CoronaVac, imunizante produzido pelo laboratório chinês Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan.

“Depois que a Anvisa aprovar uma vacina, esta deixará de ser de A ou de B. Será uma vacina autorizada pelo órgão brasileiro responsável e que tem a condição de garantir a imunização de todos. O importante é termos duas ou três vacinas aprovadas. E todas elas vão ter, de alguma forma, insumos chineses. Grande parte dos produtos e equipamentos usados no enfrentamento à covid-19 foram importados da China e ninguém deixou de usá-los. Imagina se fossemos vetar [produtos da] China em outros setores da economia. Como faríamos com os nossos celulares? E o que aconteceria com nossa economia se fôssemos proibidos de exportar para a China?”, questionou.

Com informações Conexão Política