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Agora, primeiro-ministro israelense terá de negociar com opositores

 Benjamin Netanyahu venceu as terceiras
eleições em menos de um ano, mas não conseguiu a maioria no Parlamento
israelense. O primeiro-ministro de Israel vai agora iniciar negociações para
tentar formar governo ou novas eleições terão de ser realizadas.
 Na manhã desta terça-feira (3), a aliança do
Likud com a direita dava direito a 50 assentos parlamentares, menos três do que
os necessários para conseguir a maioria do Parlamento. Nas próximas semanas,
para conseguir formar governo, Netanyahu vai precisar de negociar com os
opositores.

 A duas semanas de ir ao tribunal para
ser julgado num grande caso de corrupção – Netanyahu vai ter de responder a
crimes de suborno, fraude e quebra de confiança -, o primeiro-ministro
israelense conseguiu uma vitória surpreendente.

 Seu opositor, Benny Gantz, e o partido
conseguiram apenas 32 assentos parlamentares, com os responsáveis políticos a
reconhecerem a derrota. “Não vamos andar às voltas e contar histórias: partilho
a dor e o desapontamento”, disse Gantz aos seus apoiadores.

 A minoria árabe do país conseguiu o
terceiro lugar nas eleições, com 17 assentos parlamentares alcançados. O fato
ocorre após pedido feito por essa minoria para votar contra Netanyahu e as suas
campanhas racistas.

 Apesar de não conseguir a maioria,
Netanyahu festejou a vitória nas eleições, em Telavive, afirmando que a vitória
foi melhor do que aquela obtida em 1996.

 “Batalhamos contra forças poderosas.
Disseram-nos que íamos perder, que era o fim da era Netanyahu. Tornamo-nos
limões em limonada”, declarou o primeiro-ministro.

 Coronavírus

 Devido ao alastramento do vírus pelo mundo,
muitos israelenses mostraram preocupação na hora de votar. O fato de estas
serem as terceiras eleições num espaço de um ano também causou apreensão,
devido ao cansaço que esses eventos provocam.

 No entanto, os responsáveis pelas urnas
anunciaram que 68% da população apareceram para votar, mais do que nas duas
últimas eleições. Para os israelenses que se encontram sob medidas de prevenção
devido ao coronavírus foram criadas urnas especiais.

 Esta é a terceira votação num espaço de
um ano depois de os vencedores não terem conseguido um acordo para formar
governo.

Foto:  Divulgação.