Foto: Carolina Diniz |
O nível do Rio Negro, em Manaus, reduz uma média de 10 centímetros ao dia, de acordo com medição do Porto de Manaus. Nesta terça-feira (25), a baixa foi de 13 cm. No mesmo período do ano passado, a redução chegou a sete centímetros. O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) afirma que a vazante está dentro da normalidade e não deve causar impactos extremos.
Na última semana, de acordo com a medição, a cota baixou mais de um metro.
A redução do nível do Negro é percebida desde 21 de junho, quando a cota começou a baixar entre um a dois centímetros, ao dia.
A queda, no entanto, ficou mais acentuada a partir da segunda quinzena de julho, quando, também, teve início o verão amazônico, período em que ocorre redução da quantidade de chuvas.
Apesar da redução de chuvas em Manaus, a precipitação em outras localidades, como na Colômbia, também é fator determinante para vazante ou cheia do Rio Negro.
“O nível do rio negro depende não só da chuva que escoa em toda a bacia do Rio Negro como também em toda a bacia do Solimões. Então, apesar de o verão amazônico estar ligado à vazante dos rios, a normalidade dessa chuva é diferente. Então, a gente observa que a vazante do Rio Negro, em Manaus, está sendo da normalidade, bem na média da série histórica. Na região de Tabatinga, no Solimões, o nível desceu muito rápido”, disse a pesquisadora do CPRM, Luna Gripp.
Verão Amazônico
A estação seca, que vai de junho a outubro, é marcada por temperaturas mais elevadas devido à redução da nebulosidade na região.
De acordo com o meteorologista do Centro Regional do Censipam em Manaus (CR-MN), Ricardo Dallarosa, menos nuvens significa mais radiação solar na superfície e, por consequência, temperaturas mais elevadas.
“Neste ano, há a expectativa de temperaturas relativamente mais elevadas devido à possibilidade de grande redução na formação de nuvens”, disse.