TCE

 O Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação, variou 0,08% em agosto,
taxa muito próxima ao 0,09% registrado em julho. No acumulado do ano, o IPCA-15
tem alta de 2,51% e no acumulado de 12 meses a variação é 3,22%, um pouco
abaixo dos 3,27% do acumulado nos 12 meses fechados em julho.
 Em agosto do ano passado a taxa foi 0,13%. Os dados
foram divulgados hoje (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
 Dos nove grupos pesquisados, quatro
apresentaram deflação. Transportes (-0,78%) segue a tendência de queda
verificada em julho (-0,44%), assim como Vestuário, com -0,07% depois de -0,19%
no mês anterior.  Alimentação e bebidas (-0,17%) e saúde e cuidados
pessoais (-0,32%) tiveram queda em agosto, após registrarem altas de 0,03% e
0,34%, respectivamente.
 O destaque das altas foi o grupo habitação,
com variação de 1,42%. Artigos de residência subiram 0,82%, comunicação teve
alta de 0,44%, despesas pessoais ficaram 0,27% mais caros e o grupo educação
teve aumento de 0,07%.
 No grupo transportes, o maior impacto foi o
preço da gasolina, que caiu 1,88%. O etanol registrou -1,09%, o óleo diesel
-1,70% e o gás veicular -0,07%. Já as passagens aéreas apresentaram queda de
15,57%, após as altas de 18,98% em junho e de 18,10% em julho.
 O resultado do grupo habitação foi
influenciado pelo preço da energia elétrica, que subiu 4,91% em agosto, o
sétimo mês seguido de alta, com entrada em vigor da bandeira vermelha, após a
bandeira amarela em julho. São Paulo teve a maior alta no item, com 7,51%. O
item gás de botijão teve queda de 0,42%, após a redução de 8,17% nas refinarias
a partir de 5 de agosto.
 A alimentação no domicílio teve queda de
0,45%, influenciada pelo preço do tomate, que caiu 14,79%, da batata-inglesa
(-15,09%), das hortaliças e verduras (-6,26%) e do feijão-carioca (-5,61%). As
frutas subiram 2,87% e a cebola teve aumento de 15,21%.
 Por região, seis das 11 cidades pesquisadas
tiveram deflação de julho para agosto. O menor índice foi registrado em
Goiânia, com queda de -0,29% no mês, reflexo da queda de 5,63% na gasolina no
município. O maior índice de agosto foi na região metropolitana de São Paulo,
com inflação de 0,31%, influenciado pela alta na energia elétrica.
 O IPCA-15 integra o Sistema Nacional de
Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC), que produz índices a partir da coleta
de dados em estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços. A diferença
para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o período de
coleta, que vai de meados do mês anterior a meados do mês de referência, e a
abrangência geográfica. A coleta de dados para a aferição do IPCA-15 de agosto
foi feita entre os dias 13 de julho e 13de agosto.
 A população-objetivo do IPCA-15 abrange as
famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas regiões
metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de
Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, no Distrito Federal e no município
de Goiânia.
Fonte: Agencia Brasil


Foto: Marcello Casal Jr.