Quatro meses se passaram desde que os irmãos Eduardo Corrêa Espírito Santo, 43, e Ernandes Corrêa Espírito Santo, 41, foram brutalmente assassinados no bairro Alvorada 2, em janeiro deste ano, e a dor da perda se mistura à angústia da impunidade. Até o momento, a Polícia Civil não apresentou respostas concretas sobre o caso, deixando a família em um limbo de sofrimento e incerteza.
“Mataram os meus filhos, meus filhos eram maravilhosos, todo me ligavam, perguntavam se eu estava precisando de alguma coisa, e quando eu chamava pra ir ao médico, prontamente estavam à minha disposição. Eles não mereciam isso, eu não consigo imaginar o que teria acontecido para isso”, desabafou Maria Helena do Espírito Santo, 65, mãe das vítimas, em uma entrevista marcada pela emoção.
Com a voz embargada, Maria fez um apelo desesperado às autoridades, clamando por justiça. “Eu quero justiça, que a polícia pegue, descubra quem fez isso, quero simplesmente justiça pelos meus filhos. Não é possível acontecer duas mortes assim em menos de sete dias, com dois filhos maravilhosos. Eu sei que vai ter justiça de Deus, mas eu quero a justiça do homem aqui na terra também”.
A família ressalta que nunca teve conhecimento de qualquer ameaça contra os irmãos, o que torna o crime ainda mais incompreensível. A brutalidade dos assassinatos e a falta de pistas deixam a mãe e os demais parentes em um estado de choque e profunda tristeza. Maria Helena, inclusive, ficou tão abalada que não teve condições de comparecer ao velório e sepultamento de Eduardo.
Enquanto a investigação parece estagnada, a família Corrêa Espírito Santo segue clamando por respostas e pela punição dos responsáveis, na esperança de que a justiça dos homens alivie um pouco a dor da perda e traga paz para seus corações.


