TCE

PIB registrou queda de 9,7% no segundo trimestre deste ano

 A Secretaria de Política Econômica do
Ministério da Economia afirmou que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) no
Brasil no segundo trimestre está entre as menores em relação às principais
economias do mundo.
 O PIB, que é a soma de todos os bens e
serviços produzidos no país, teve queda de 9,7% no segundo trimestre deste ano, na comparação com
o trimestre anterior
. O PIB caiu 11,4% na comparação com o segundo
trimestre de 2019. Ambas as taxas foram as quedas mais intensas da série,
iniciada em 1996. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho, houve
queda de 2,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Os
dados foram divulgados hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
 Em nota, a secretaria cita a queda no segundo
trimestre nos países do G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo,
composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino
Unido), que chegou a 11,9%, quando comparado ao mesmo trimestre de 2019.
 “Algo semelhante ocorre para os países
emergentes como Chile, México e Índia [cujas quedas] foram de -13,7%, -19% e
-23,9%, respectivamente”, diz.
 A secretaria cita ainda que as projeções dos
analistas de mercado “melhoraram continuamente desde junho, devido aos
resultados mais positivos dos indicadores de atividade, notadamente, varejo e
indústria”.
 “A melhora das projeções da variação do PIB no
2º trimestre ao longo dos últimos dois meses está relacionada com o sucesso das
políticas econômicas que limitaram a deterioração do mercado de trabalho,
mantiveram a estrutura produtiva e garantiram renda para as famílias mais
pobres e para os trabalhadores informais”, acrescenta.
 Na avaliação da secretaria, para que a
retomada seja consistente, é importante a continuidade da agenda de reformas
estruturais e da consolidação fiscal.
 “O diagnóstico do baixo crescimento da
economia brasileira é a baixa produtividade, resultado da má alocação de
recursos. Não há outro caminho que resulte em elevação do bem-estar dos
brasileiros a não ser medidas que busquem a correção da má alocação e incentive
a expansão do setor privado”, diz.
Foto: Marcello Casal Jr.