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Custos da pandemia são elevados para economia

 A Espanha registrou seu terceiro dia
consecutivo com menos de 200 mortes por covid-19, mas um número recorde de
pessoas que reivindicam benefícios da previdência social para abril mostrou
para a economia o custo de controlar a epidemia.
 O país está gradualmente emergindo de uma
quarentena rigorosa, com pequenos negócios, como floristas e ferreiros, abrindo
as portas com restrições nesta semana. Os espanhóis, que ficaram em casa por
mais de seis semanas, agora podem praticar exercícios.
 Mas o governo de coalizão do primeiro-ministro
Pedro Sánchez deve buscar aprovação parlamentar na quarta-feira (6) para outra
extensão do estado de emergência, o que lhe dá amplos poderes para impor o fim
do confinamento.
 O Partido Popular, de oposição, informou que
não apoiará outra extensão de duas semanas ao estado de emergência, que termina
no sábado, dizendo que Sánchez deveria usar a legislação para navegar rumo à
normalidade.
 A tensão política ocorre em um momento
crítico, enquanto o governo busca reviver uma economia atingida pelos efeitos
do surto da covid-19 que matou mais de 25 mil pessoas na Espanha – um dos
maiores registros de mortes no mundo – e deixou milhares sem trabalho.
 O Ministério da Saúde registrou 185 novas
mortes nas últimas 24 horas, o terceiro dia consecutivo abaixo de 200. O número
total de casos diagnosticados aumentou para 219.329, acima dos 218.011 do dia
anterior.
 “Os números são favoráveis. Tudo indica
que estamos em uma posição muito boa para o processo de transição que vamos
realizar nos próximos dias”, disse o diretor do Centro de Coordenação de
Alertas e Emergências em Saúde, Fernando Simón, em entrevista coletiva.
 Em um sinal de como as medidas de quarentena
geraram uma grande tensão financeira para o Estado, dados desta terça-feira
mostraram que o custo dos benefícios pagos aos 5,2 milhões de pessoas, dependendo
total ou parcialmente dos benefícios de desemprego em abril, mais que triplicou
em relação ao ano anterior, chegando a 4,5 bilhões de euros.
 O valor representa os maiores gastos da
história em auxílios-desemprego na Espanha.
Foto: Suzana Vera